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Cadê a vacina?!

Hoje são 04 de janeiro de 2021, mais de 46 países no mundo já iniciaram seus programas de vacinação contra a Covid-19. Entre o surgimento da doença causadora da pandemia e o início da primeira vacinação levou-se aproximadamente um ano. Acredito que um tempo recorde. Com certeza fruto dos avanços tecnológicos que a era da informação, da automação e da biotecnologia nos proporcionaram.
O fato triste é que se 46 países já iniciaram seus programas de vacinação, o Brasil segue como um barco à deriva no mar, sem comandante. Ou pior, o capitão ficou louco e insiste em içar velas no sentido contrário ao que sopram os ventos. Há pouco mais de uma semana o Brasil falhou miseravelmente em sua primeira tentativa de comprar agulhas e seringas. Conseguiu comprar apenas 3% do que é necessário para iniciar a vacinação. Inclusive é bom lembrar que sequer existe data par o início da mesma.
Enquanto muitos países firmavam contratos com várias farmacêuticas ainda em meados de julho, por aqui o assunto era tratado apenas como fonte de ganho político. Enquanto o presidente nega a doença, nega a pandemia e suas consequências e nega as vacinas, o governador de São Paulo, João Dória, corre para iniciar sua própria campanha de vacinação. Eu não me convenci ainda se a pressa do governador de SP é para salvar vidas ou para sair como o salvador da pátria, talvez os dois?
Fato é que a bravata de João Dória em marcar data para vacinação mesmo sem vacina disponível, até então, teve dois resultados: obrigou o ministério da saúde a agir já que o Ministro especialista em logística não entende a nossa pressa em sair vivos desta pandemia; outro resultado é que o tiro pode sair pela culatra do ponto de vista político, pois até agora o Instituto Butantã, que é referência mundial na produção de vacinas, não divulgou os resultados da 3ª Fase de testes da vacina em parceria com o laboratório chinês SinoVac.
Não temos vacina, não temos agulhas, não temos seringa, não temos previsão e me arrisco a dizer que não temos ministro da saúde e nem temos presidente da república.
Uma segunda onda em curso somada ao cansaço do brasileiro em cumprir as medidas de distanciamento e isolamento colocam uma incógnita gigantesca sobre o que será de nós neste 2021, seja do ponto de vista sanitário com milhares de brasileiros morrendo todo dia, seja do ponto de vista econômico com a retomada sendo interrompida por sucessivas ondas da doença como resultado da falta de vacinação.
Sozinho, o presidente pode atrapalhar todo o esforço mundial em controlar a doença, haja vista que não adianta outros países vacinarem seus povos se num país com as dimensões do Brasil a doença continua a se multiplicar descontroladamente podendo gerar novas variações do vírus que são resistentes as vacinas atuais. Existe aí um grande risco do Brasil ser isolado econômica e fisicamente, restrições ao nosso povo e aos nossos produtos.
Mas o ministro segue sem entender nossa pressa em sermos vacinados!

Bruno Euclides
Bruno Euclides: Arapiraquense e Alagoano na essência, oficial da PMAL, ex-presidente do ASA de Arapiraca e eterno inconformado com as injustiças.
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