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Polícia Federal já desencadeou três operações contra crimes na Sesau apenas na gestão Renan/Luciano

Por Paulo Marcello 12/12/2019 23h11
Por Paulo Marcello 12/12/2019 23h11
Polícia Federal já desencadeou três operações contra crimes na Sesau apenas na gestão Renan/Luciano
Polícia Federal durante cumprimento de mandados no Hospital Geral do Estado (HGE) - Foto: Imagem: Heliana Gonçalves
A população alagoana foi, mais uma vez, surpreendida com mais um escândalo no governo Renan Filho e Luciano Barbosa. Esta semana, a Polícia Federal (PF) entrou em ação para por fim a um esquema que desviou cerca de R$ 30 milhões em golpes aplicados no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió; e no Hospital de Emergência do Agreste (HE), em Arapiraca. Esta é a terceira operação da PF envolvendo ilegalidades na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) na atual gestão.

Em maio de 2017, foi deflagrada a Operação Sucupira, indiciando professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e assessores do governador, envolvidos num esquema que financiou o favorecimento de alunos de um curso de mestrado, com dinheiro da Saúde pública;

Em agosto de 2017, foi a vez da Operação Correlatos que desvendou mais uma fraude dentro da Sesau. O rombo foi de R$ 180 milhões em compras fracionadas de medicamentos e produtos correlatos, sem processo licitatório, para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), no HGE, na capital alagoana;

Esta semana, a Polícia Federal deflagrou a Operação Florence “Dama da Lâmpada”, que investiga fraudes, desvios de recursos e corrupção de agentes públicos, envolvendo mais de R$ 30 milhões para prestação de serviços de Órtese, Prótese e Materiais Especiais (OPME), no governo Renan Filho e Luciano Barbosa.

Ao todo, foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão, 9 mandados de prisão preventiva e 7 de prisão temporária em Maceió e Arapiraca. O objetivo é desarticular a organização criminosa que atua em serviços de OPME em Alagoas. Nesta operação, Lívia Barbosa, filha de Luciano Barbosa foi presa. Segundo a PF, a filha do vice-governador é sócia da empresa usada para desviar recursos da Saúde

As investigações iniciadas em maio apontaram que valores destinados somente a uma entidade sem fins lucrativos, ultrapassaram R$ 30 milhões nos últimos três anos. Os crimes são de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, peculato, constituição de organização criminosa, falsidade Ideológica, prevaricação, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro. As penas, somadas, variam de 18 a 45 anos de detenção ou reclusão, conforme o caso.

No pedido feito pelo delegado da PF, Jorge Eduardo Ferreira de Oliveira e atendido pela Justiça, foram decretadas prisões preventivas de Gustavo Francisco Vasconcelos do Nascimento, Luciane Araújo, Lívia Barbosa de Almeida Silva Margallo, Geane Marinho da Silva, Fábio Luiz Gomes dos Santos, Henrique Dartagnan de Cerqueira Barros e Noélia Nunes da Costa.

Os pedidos de prisão temporária foram decretados contra Rachel Nascimento Vasconcelos, Merentino Francisco de Moraes do Nascimento, Cristiane Araújo Nascimento, Carlos Alberto Correia Braga Júnior, Pedro da Silva Margallo, Janaína de Fátima da Silva Marinho e Verônica Maria de Oliveira Leite.