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O Pecado da Idolatria

29/08/2016 21h09
29/08/2016 21h09
O Pecado da Idolatria
Olá, amigos! Graça, paz e bem da parte de Cristo.

Estamos aqui para mais um encontro. Que Deus nos ajude e nos revele sua palavra. Hoje vamos falar de um tema polêmico, mas necessário para nosso crescimento espiritual, que é: o pecado da idolatria. Antes, quero esclarecer que minha pretensão aqui não é desrespeitar a religião de ninguém, tampouco fazer julgamento individualizado de quem é adepto à prática da idolatria, mas confrontar a doutrina da adoração a imagens com aquilo que a Palavra de Deus nos ensina. Aliás, a própria Bíblia nos manda confrontar as falsas doutrinas (1Tm 1: 3-6). Tenho consciência de que esse texto receberá algumas críticas, principalmente por parte daqueles que são adeptos à adoração de imagens de esculturas, no entanto, não posso me abster do meu dever cristão de revelar aos irmãos aquilo que a Bíblia diz sobre essa prática pecaminosa. Aliás, somente com o conhecimento da verdade é que somos libertos do pecado, pois está escrito: “conhecerás a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). Portanto, peço aos irmãos que leiam esse texto e meditem sobre tudo aquilo que aqui for comentado, inclusive fazendo uso da Bíblia para consultar todos os textos mencionados. Que o Espírito Santo de Deus nos dê o discernimento para que, através do amor de Cristo, consigamos transmitir nessa singela reflexão bíblica a verdade sobre o pecado da idolatria, e que esse texto gere frutos de transformação na vida daqueles que estão sendo alcançados pela renovação do entendimento.

O texto base que vamos usar para nossa reflexão se encontra no livro de Êxodo, capítulo 20, versículos de 4 a 6, que diz:
“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam meus mandamentos”.

Essa passagem bíblica é muita clara. Não há necessidade de ter um vasto conhecimento teológico ou de fazer uma exegese apurada para chegarmos à conclusão de que Deus proíbe veementemente qualquer tipo de adoração/veneração a imagens feitas pela mão do homem. Com a simples leitura desse texto já podemos concluir que quem fabrica e quem se relaciona com imagens ou quem se curva para elas, como se elas tivessem algum poder sobrenatural, está agindo contra um mandamento de Deus, e com isso, está, na verdade, desagradando ao coração de Deus.

Você que está lendo esse texto, talvez esteja com o seguinte questionamento na sua cabeça: se o texto é tão claro e cristalino e proíbe o cristão de adorar imagens, então por que o catolicismo, através da Igreja Católica Apostólica Romana, incentiva os seus fiéis a venerarem as esculturas de pessoas consideradas por ela como santas, fazendo procissões e missas em favor desses ídolos? Essa pergunta nós vamos tentar responder ao longo do nosso texto. Antes abro um parêntese para esclarecer que em momento nenhum estou afirmando que todos os católicos adoram imagens de escultura, até porque conheço vários irmãos católicos que não fazem uso dessa doutrina. O que estou afirmando é que a Igreja Católica Apostólica Romana incentiva seus membros a praticarem a adoração de imagens de escultura, e isso não é segredo nenhum, basta ver o que acontece no dia 12 de outubro, dia da padroeira do Brasil, quando acontecem várias celebrações em favor da Senhora Aparecida.

A palavra de Deus nos relata uma história que aconteceu há mais de quatro mil anos, quando Moisés estava no deserto, ele pediu para que o povo ficasse reunido enquanto ele subia ao monte para falar com Deus, todavia, enquanto Moisés estava orando ao Senhor, o povo não teve paciência de esperar por ele, pois já fazia 40 dias que ele estava no monte, e pediram a seu irmão Arão que lhes construísse um bezerro de ouro para adorarem. Essa atitude do povo de Israel causou ira no coração de Deus, ao ponto de Deus mandar Moisés descer rapidamente pois iria destruir aquela geração pecaminosa. Todavia, Moisés implorou para que Deus não fizesse isso, e Deus atendendo ao pedido dele, poupou o povo. Após descer do monte, Moisés viu que o povo estava cantando e dançando ao redor do bezerro, então ele pegou o bezerro e colocou no fogo, destruindo-o completamente. Após isso, Moisés voltou para as montanhas para orar ao Senhor e pedir perdão pelo povo. (Êxodo, 32). É como se as pessoas daquela época, e eu incluo as de hoje também, tivessem a necessidade de ter algo visível para adorar, é como se elas só acreditassem naquilo que os olhos pudessem ver e suas mãos pudessem apalpar. É como se o coração do homem só sentisse segurança em um deus que fosse visível.

A verdade é que, quando pedimos algo a uma imagem, ou a agradecemos por algum milagre alcançado, ou nos ajoelhamos a ela, ou lhe pedimos proteção, estamos colocando aquela imagem no lugar que é Deus. Isto é, estamos, de acordo com o que diz a Bíblia, roubando a glória de Deus para darmos a um ídolo. Certa vez, o Padre Fábio de Melo disse (em uma de suas pregações que está no youtube): “Tenho muito medo do que está acontecendo com o cristianismo, pois ele está sendo reduzido a medalhinhas, a teologias vazias, a devoção à Maria, pois estão colocando ela fora do lugar dela, tomando o lugar do Cristo...”.

É a exclusividade de Deus que está em jogo. É a glória de Deus que está sendo roubada. Deus não dá sua gloria a ninguém. “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura (Is 42:8). Quando colocamos a criatura no lugar do criador, estamos criando ídolos que só fazem atrapalhar nosso relacionamento com o Deus vivo. É bem verdade que a maioria das pessoas que praticam esse ato religioso da idolatria age com a melhor das intenções, pois acham que tal prática agrada a Deus, mas na verdade, inconscientemente, estão fazendo algo que DESAGRADA o coração de Deus. Todavia, a partir de agora você está tendo conhecimento da verdade bíblica, não há mais justificativa para continuar no erro. A adoração a imagens é um engano que vem sendo passado de geração em geração. Minha avó adorava, meu tio adorava, minha mãe adora, portanto eu adoro. Não é porque as pessoas estão errando que você vai acompanhá-las no erro, já dizia um pensador: “uma mentira praticada várias vezes por um longo período de tempo parece ser verdade, até o dia em que alguém descobre que aquilo era mentira e começa a praticar o correto, desmascarando de uma vez por todas aquela mentira”. Portanto, o errado sempre será errado, mesmo que as pessoas façam achando que aquilo é o correto. Você não precisa mais continuar no erro. Reflita sobre isso! Como já disse no início, o objetivo aqui não é julgar você que pratica a idolatria, mas fazer uma explanação bíblica sobre a prática pecaminosa da adoração a imagens de escultura, e alertar sobre o que a Bíblia fala sobre os falsos ídolos. Só assim, com o conhecimento da verdade, os irmãos poderão, de forma livre e consciente, escolher qual o melhor caminho a seguir. Se é o que a Bíblia ensina, ou se é o que a tradição humana ensina.

A palavra de Deus nos mostra outras passagens que reforçam a ideia de que a idolatria é pecado. Vejam que passagem interessante essa que se encontra em Deut 4: 15 e 16: “Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o Senhor, em Horebe, falou convosco do meio do fogo; Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher”.

Aqui, a Bíblia nos manda guardar com diligência a nossa alma e confiar no Deus altíssimo, mesmo que nós nunca o tenhamos visto. Em outras palavras, a Bíblia diz que não devemos fazer imagem nem de Deus, pois essa imagem poderá corromper o nosso coração. O que Deus está nos dizendo é que nós devemos confiar nele de coração e não por que nossos olhos o viram, pois para Deus, quem confia naquilo que os olhos veem, acaba fazendo ídolos para serem adorados. Nosso Deus não se iguala a nenhum ídolo. O próprio Jesus disse que Deus é Espírito, e importa que os verdadeiros adoradores o adorem em espírito e verdade (Jo 4:24). A Bíblia também diz que bem aventurados são aqueles que acreditam sem ver (Jo 20:29). A imagem de escultura não pode fazer nada por nós (Is 40:18 e 41: 7-29). Aliás, elas não tem poder sequer de enxergar, de se mover ou de se levantar.

O servo de Deus não deve ter imagens, pois o relacionamento entre ele e Deus é incomparável a qualquer tipo de imagem humana. Deus nos chama para um relacionamento vivo e pessoal, por meio de seu filho Jesus, que é o único mediador entre Deus e os homens (1Tim 2:5). Jesus é o caminho correto que se chega a Deus, aliás, é o único caminho, a única verdade que nos leva a vida plena, qualquer outro caminho que pegarmos, vamos acabar nos distanciando cada vez mais de Deus. O Salmista já dizia que os ídolos são mortos, pois não possuem força em si mesmos: tem ouvidos, mas não ouvem, tem pernas mas não andam, tem olhos mas não enxergam... (Sl 115 e 135).

Após tudo isso que vimos até agora, com todas essas passagens bíblicas condenando a prática da idolatria, voltamos à pergunta inicial: se a idolatria é pecado, por que a igreja católica incentiva seus fiéis a praticá-la?

Tudo começou no segundo Concílio de Nicéa, em 1787, quando a igreja promoveu um debate sobre a veneração de imagens e de santos, veneração essa que tinha sido abolida pelo Imperador Constantino V. No entanto durante esse concílio, ficou determinado que os padres deveriam incentivar os fiéis da Igreja Católica a adorarem as imagens e os santos instituídos por ela. De lá para cá, baseado apenas na tradição humana, permaneceu esse mesmo sistema. Sistema esse que vem sendo muito questionado pelos católicos nos últimos tempos, pois as pessoas estão buscando conhecer mais a palavra de Deus. Todavia, os principais líderes religiosos da Igreja Católica Apostólica Romana ainda são conservadores no que diz respeito a guardar a tradição, mesmo que esse ensinamento seja contrário ao que diz a Bíblia. Há um temor, por parte desses líderes religiosos, de que os fiéis descubram a verdade e acabem abandonando a fé na Igreja, pois se as pessoas descobrirem que foram induzidas ao erro por uma doutrina contrária ao ensinamento bíblico, com certeza vão abandoná-la. Esse é o motivo principal pelo qual a Igreja Católica não revela a verdade a seus fiéis.

Santo Agostinho, considerado santo pela Igreja Católica, disse em seu livro intitulado: Da fé e Símbolo: “É errado não só adorar imagens, como estabelecê-las como representação divina”. Em seu outro livro: A Cidade de Deus, ele disse: “Que ao introduzirem imagens na igreja, não só tiraram o temor que o povo tinha de Deus, como também trouxeram o erro para a igreja”.

Por fim, no Novo Testamento, no livro de Apocalipse diz que os idolatras não herdarão o reino de Deus (Ap 22:15). No mesmo sentido está escrito em Gálatas 5: 19-21. Portanto, quero alertar aos irmãos que não troquem aquilo que está escrito na Bíblia Sagrada por tradições humanas. Leiam as escrituras, questionem os seus líderes religiosos, perguntem a eles onde está na Bíblia dizendo para nós adorarmos/venerarmos as imagens feitas por mãos humanas. Não aceitem qualquer outro argumento que não seja aquele que esteja embasado na palavra de Deus, pois entre a tradição humana e o que a Bíblia diz, fiquem sempre com o que diz a Palavra de Deus. Meditem na palavra de Deus, busquem conhecer a verdade, pois ela te libertará. Não peço que acreditem nas minhas palavras, mas suplico que creiam naquilo que a Bíblia ensina. Lembrem-se: quem tem Jesus como seu salvador e intercessor perante Deus, não precisa de mais nada. Que Deus nos abençoe e nos guarde.

Amém! Até o próximo. Um grande abraço.

Conhecerás a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:32)
Sérgio Nicácio Lira