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A realidade da inclusão escolar

Muito se ouve falar: lugar de criança é na escola. Mas de fato como está a inclusão escolar de crianças que apresentam alguma deficiência? Será que os professores e as escolas estão preparados para lidar com tal problemática? E os demais alunos estão preparados para lidar com as diferenças? É nítido que a maioria não está.
Respostas como: ‘’não sei o que fazer’’; ‘’essa criança vai atrapalhar os demais alunos’’; ‘’precisamos de auxiliares em sala de aula’’; ‘’não sei como realizar uma avaliação ‘’; ‘’precisamos de treinamento específico’’; ou até mesmo ‘’não temos vagas nesta escola no momento’’ , são relatos comuns de professores e diretores de escolas.
A verdade é que o sistema de ensino atual foi obrigado a aceitar os indivíduos com dificuldades, porém não apresentam condições adequadas para a educação dos mesmos.
Para acontecer inclusão de fato, não basta estar garantida na legislação, mas demanda modificações intensas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto socioeconômico, além de serem gradativas, planejadas e contínuas para garantir uma educação apropriada.
Muitos caminhos ainda devem ser traçados para tornar a inclusão uma realidade. Entre estes, merecem atenção: valer-se de novas tecnologias e investir em capacitação, atualização, sensibilização, envolvendo toda comunidade escolar.
Focar na formação profissional do professor, é relevante para aprofundar as discussões teórico-práticas, proporcionando subsídios com vistas à melhoria do processo ensino aprendizagem.
Assessorar o professor para resolução de problemas no cotidiano na sala de aula, criando alternativas que possam beneficiar todos os alunos. Utilizar currículos e metodologias flexíveis, levando em conta a singularidade de cada aluno, respeitando seus interesses, suas ideias e desafios para novas situações.
Investir na proposta de diversificação de conteúdos e práticas que possam melhorar as relações entre professor e alunos. Avaliar de forma continuada e permanente, dando ênfase na qualidade do conhecimento e não na quantidade, oportunizando a criatividade, a cooperação e a participação.
Logo, a inclusão não depende somente da mudança da escola, mas da transformação de valores da sociedade e da vivência de um novo paradigma que não se faz com simples recomendações técnicas, como se fossem receitas de bolo, mas com reflexões dos professores, direções, pais, alunos e comunidade.
É necessário que todos estejam abertos, não só para a "escuta", como também para o envolvimento da causa, trazendo novas propostas e desenvolvendo ações que venham a modificar e orientar as formas de se pensar na própria inclusão.

Graziela Valeriano
Graziela Valeriano é Terapeuta Ocupacional, CREFITO-1 12632-T.O. Pós-graduada em Neuropsicologia Clínica; Pós-graduada em Educação no Ensino Estruturado para Autistas; Certificação Internacional Completa em Integração Sensorial; Endereços profissionais: Consultório Particular-Solution Center- Centro de Soluções Clínicas, Rua Marechal Floriano Peixoto, 200, Eldorado, Arapiraca. Telefone:3530-4372; Espaço TRATE-Reabilitação e Reintegração de Crianças com Autismo.
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