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Renan volta a prometer IC de Arapiraca pensando na eleição para prefeito

Por Paulo Marcello 09/06/2019 16h04
Por Paulo Marcello 09/06/2019 16h04
Renan volta a prometer IC de Arapiraca pensando na eleição para prefeito
Governador empurra obrigações do Estado para prefeitura municipal - Foto: Imagem: Tatianne Brandão
Há pouco mais de um ano para as eleições de 2020, o governador Renan Filho (MDB) volta a fazer as mesmas promessas de 2015 quando garantiu que Arapiraca receberia o Instituto de Criminalística (IC). De lá pra cá, duas eleições se passaram e nada saiu do papel.

Agora, Renanzinho volta a prometer que vai entregar o Instituto de Criminalística ainda este ano, além de outras obras paradas na cidade, como a iluminação da AL-220, num jogo de empurra-empurra que joga a culpa para a prefeitura municipal, mas que é obrigação do governo já que tanto a rodovia quanto o IC são de responsabilidade do Estado.

A promessa é antiga. Em maio de 2015, o então presidente da Câmara de Vereadores, Márcio Marques (PSC), entregou a ‘Carta de Arapiraca’ ao governador contendo uma série de reivindicações formuladas pelos demais parlamentares, entre elas a instalação do Instituto de Criminalística. Em junho daquele ano, o deputado estadual Ricardo Nezinho (MDB), seu aliado, também cobrou a interiorização do IC.

Um ano depois, no calor da campanha eleitoral, Renan e o vice, Luciano Barbosa, garantiram que o órgão seria instalado na capital do Agreste logo após a eleição, mas como o seu candidato a prefeito perdeu o pleito, o IC foi engavetado. Agora, tentando favorecer seu próximo candidato a prefeito, Renan Filho traz de volta a promessa de que vai acabar com a longa espera de milhares de moradores do Agreste e Sertão de Alagoas.

Sem o Instituto de Criminalística, a população é obrigada a sofrer com o desrespeito e a exposição dos corpos de familiares vítimas de homicídios. Pais e filhos assistem, com dor e sofrimento, os corpos de seus entes queridos em plena via pública por horas, até que uma equipe do IC seja deslocada de Maceió para o interior do Estado, tornando desumana tal espera.