Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, 95% da população apresentará uma dor de cabeça ao longo de sua vida. Cerca de 70% das mulheres e 50% dos homens apresentam pelo menos um episódio de cefaleia ao mês. Ela é classificada em vários tipos, sendo os mais comuns a enxaqueca e a cefaleia tensional. A enxaqueca ocorre em até 20% das mulheres e nos homens é mais comum a cefaleia em salvas. O agravamento das dores de cabeça é provocado com frequência por fatores emocionais, como estresse, ansiedade, tensão e depressão.

A Organização Mundial da Saúde classifica a enxaqueca, também chamada de migrânea, como a 19ª doença que mais leva à incapacidade funcional das pessoas em países desenvolvidos, e no caso da mulher ela fica em 12º lugar. No Brasil, a situação é semelhante e acomete mais de 10% dos pacientes que sofrem de dores crônicas. A intensidade da dor é de moderada a forte; latejante e pulsátil, em um lado da cabeça; apresenta náuseas e vômitos, sensibilidade à luz, a cheiros e barulho; piora ao abaixar a cabeça ou movimentá-la, aos esforços físicos e mentais; e pode ser precedida por formigamento e dormência no corpo, e por falhas do campo visual, com flashes de luz e imagens brilhantes em ziguezague. Além do fator genético, o consumo de alimentos como queijos, embutidos, chocolates, café, alguns adoçantes com aspartame, sono prolongado ou falta de sono, excesso de exposição ao sol, alterações de hormônio, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e odores fortes, podem desencadear uma crise.

A cefaleia tensional, tipo mais frequente na população, é de intensidade leve a moderada, não levando à incapacidade funcional; nela há uma sensação de aperto, pressão ou peso em toda a cabeça, com predomínio na região próximo à nuca, que é desencadeada principalmente por cansaço e estresse emocional, e melhora com relaxamento e atividade física.

A cefaleia em salvas apresenta dor intensa em apenas um lado da cabeça, dor em volta dos olhos, dor e vermelhidão ocular, lacrimejamento, congestão nasal, queda da pálpebra do lado da dor e ocorre frequentemente durante a noite.

Nota-se na população o costume de utilizar analgésicos, na maioria das vezes sem prescrição médica, na tentativa de alívio imediato aos vários tipos de cefaleia. O aumento progressivo das doses destes medicamentos acabam provocando efeito contrário ao esperado, ou seja, a hiperdosagem medicamentosa leva ao agravamento da dor, o que pode levar a um quadro crônico do problema.

Nos casos de cefaleia, seja leve, moderada ou grave, aguda ou crônica, a acupuntura pode ser utilizada como meio de tratamento eficaz e sem efeitos colaterais. O diagnóstico e tratamento são feitos de acordo com a área acometida, considerando-se os meridianos energéticos que por ela passam.

Além de efeito analgésico a acupuntura também leva ao relaxamento físico e mental, ajudando inclusive na qualidade do sono, que muitas vezes encontra-se alterado nos pacientes. É também de fundamental importância o tratamento preventivo, pois ele pode prolongar o período entre as crises e levar à redução da intensidade da dor quando houver uma volta do episódio doloroso.

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