Policiais e Bombeiros se reúnem com Governo e tentam acordo sobre reajuste salarial

Por Redação com Gazetaweb 20/04/2018 13h01 - Atualizado em 20/04/2018 16h04
Por Redação com Gazetaweb 20/04/2018 13h01 Atualizado em 20/04/2018 16h04
Policiais e Bombeiros se reúnem com Governo e tentam acordo sobre reajuste salarial
Foto: Arquivo/Já é Notícia
Na manhã desta sexta-feira (20), policiais e bombeiros militares se reuniram com Governo do Estado, ), na sede da Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), onde tentam resolver o impasse em torno do ajuste salarial da categoria.

O Governo oferece um reajuste de 10%, parcelado em quatro anos, mas os militares rejeitaram a proposta, durante assembleia na semana passada, e exigem um aumento de 29%, o que deixaria o salário equiparado com o de delegado.

Durante a reunião, o secretário Fabrício Santos alegou que o Estado ultrapassaria o limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) caso a folha aumentasse mais, gerando diversas consequências. Ele acrescentou ainda que o soldado alagoano tem o segundo maior vencimento do Brasil.

"O soldado ganha R$ 3.700 e recebe mais que 97% dos trabalhadores alagoanos. Não é um salário desvalorizado", disse. "O aumento seria de 10% mais os possíveis reajustes que acontecerem. Tudo indica que o Estado vai conseguir repor a inflação nos próximos quatro anos. Se repor a 5%, seria um crescimento de 20% mais os 10%".

Fabrício ressaltou que, com os reajustes previstos, em 2022 - final do período de quatro anos de parcelamento - um soldado em Alagoas estaria ganhando quase R$ 5 mil. "Isso não é ruim num momento de crise desses", acrescentou o gestor em conversa com as categorias.

Policiais e bombeiros, entretanto, não aceitaram o argumento. Presidente da Associação dos Bombeiros de Alagoas, tenente-coronel Camila Paiva, rebateu que o dia a dia dos militares é diferente do de trabalhadores civis. Ela lembrou os riscos enfrentados no combate à criminalidade.

"Quem trabalha na iniciativa privada não está sujeito aos mesmos riscos que os militares, não tem a mesma carga horária. A gente não tem fixação de carga horária e toda vez que é necessário tem escala extra", apontou ela, lembrando que não há ajuda em casos de acidente de trabalho ou para o tratamento de problemas psicológicos.