Com paralisação de PMs, Arapiraca já registra um aumento de 30% no número de homicídios

17/04/2018 21h09 - Atualizado em 18/04/2018 20h08
17/04/2018 21h09 Atualizado em 18/04/2018 20h08
Com paralisação de PMs, Arapiraca já registra um aumento de 30% no número de homicídios
Em meio à paralisação da Polícia Militar em Alagoas, a quantidade de homicídios cometidos em Arapiraca já aumentaram em 30% neste mês de abril comparado ao mesmo mês do ano passado.

O crime mais recente ocorreu na noite desta terça-feira (17) no bairro Manoel Teles. Segundo informações de testemunhas, um jovem, ainda não identificado, foi morto a golpes de faca na localidade conhecida como “escadaria”. Os acusados do crime fugiram tomando destino ignorado. Agentes do IC (Instituto de Criminalística) e do IML (Instituto Médico Legal) foram acionados para realizarem os devidos procedimentos legais.

Dez homicídios foram registrados durante todo mês de abril em 2017 (índices apresentados no Boletim da Estatística Criminal atualizado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública). Hoje, dia 17 do mesmo mês, Arapiraca já contabiliza treze homicídios, apresentando um aumento de 30% nas mortes violentas.

Na tarde desta terça-feira (17) Policiais e Bombeiros militares estiveram reunidos em frente ao Palácio da República dos Palmares, em Maceió, e decidiram não aceitar a proposta apresentada pelo governador Renan Filho que seria um aumento de 10% para a categoria divididos 4 anos (2019, 2020, 2021 e 2022).

Durante a assembleia, os militares definiram que a proposta de reajuste reivindicada pelas associações ao Governo será de 29%, o mesmo percentual, segundo eles, que foi ofertado aos delegados da Polícia Civil de Alagoas. A ideia é que haja uma isonomia entre as categorias.

Um clima de insegurança e vulnerabilidade é vivido pela população arapiraquense que aguarda o impasse entre os militares e o governo do estado para que as viaturas voltem a circular normalmente nas ruas da cidade.