Trotes dificultam investigações e torturam família de Allan Teófilo, desaparecido há três meses

Por Redação com TNH1 23/02/2018 19h07 - Atualizado em 23/02/2018 22h10
Por Redação com TNH1 23/02/2018 19h07 Atualizado em 23/02/2018 22h10
Trotes dificultam investigações e torturam família de Allan Teófilo, desaparecido há três meses
Foto: Reprodução
O delegado responsável pela investigação do desaparecimento do universitário Allan Teófilo confirmou ao portal TNH1, na manhã desta sexta-feira (23), que a família do rapaz vem recebendo muitas denúncias falsas e, em alguns casos, até tentativas de extorsão.

De acordo com o delegado Rodrigo Sarmento, a família recebeu ligações de pessoas que diziam ter informações sobre Teófilo, mas que só seriam repassadas mediante pagamento em dinheiro. “Além da aflição do desaparecimento de um ente querido, os parentes ainda são torturados psicologicamente por esses criminosos que tentam se aproveitar de um momento de fragilidade para tirar vantagem”, afirma.

Ainda segundo o delegado, o Disque Denúncia também vem sendo usado para dar falsas informações sobre o caso, atrasando ainda mais a localização do carro e da vítima. “Se perdemos tempo ao verificar a veracidade de um fato que foi inventado, estamos deixando de verificar o que é real”, acrescentou Sarmento.

Atualmente, a polícia trabalha para proteger os familiares das denúncias falsas e foca em duas linhas de investigação: latrocínio (morte seguida de roubo) ou crime de cunho passional.

Allan desapareceu em novembro do ano passado após sair de casa, no bairro da Forene, para ir jogar futebol com amigos na cidade vizinha, Satuba. O carro dele foi filmado por câmeras de segurança quando chegava à cidade, no início da noite, e quando ia embora, por volta das 21h. Depois, disso, não há mais registros do carro e de Allan.

Passar trote é crime e pode ter pena de um a seis meses de prisão, ou multa (Art.266 do Código Penal).