Flamengo leva a virada do Independiente na final da Sul-Americana
Flamengo até que começou bem, saiu na frente. Mas não resistiu ao Independiente, na Argentina, e perdeu o primeiro jogo da final da Sul-Americana por 2 a 1, na noite desta quarta-feira.
Quase todos de vermelho, os torcedores do Independiente cantam “Rojo, mi gran amigo” a plenos pulmões. Lotado, o Estádio Libertadores de América chega a tremer. O Flamengo sobe ao gramado e, na última reunião antes do apito, Willian Arão grita para os companheiros com os dois indicadores apontados para a própria cabeça. Contra os argentinos é preciso mantê-la no lugar a qualquer custo. Ele certamente pensava na dolorosa derrota para o San Lorenzo, em maio, que provocou a eliminação da Libertadores. Foi só a 10 quilômetros dali. Por sinal, o Flamengo não vence no país vizinho desde julho de 2001.
Também é necessário se impôr. Por isso, quando o relógio chega aos dois minutos, Felipe Vizeu aproveita uma lançamento longo de Pará para dividir com o goleiro Campaña. É final de Copa Sul-Americana, não existe bola perdida. Como disse Reinaldo Rueda na noite anterior: “Não podemos ser conformistas”. Talvez isso explique o fato de Mancuello, que viajou para Argentina, não estar nem sentado no banco. Ele disse que não comemoraria um gol contra seu clube do coração.
Será que os argentinos têm visto os jogos do Flamengo? Não parece quando Trauco cobra falta e Réver não tem ninguém na sua frente. Os dois marcadores estão atrás, batidos. Quem vê os jogos do rubro-negro já comemora antes mesmo de a bolar estufar a redes aos 8 minutos. É a sétima vez que ele celebra um gol no ano.
Como era de se esperar, a torcida volta a crescer. Ela tenta acordar o time local, que vem junto. Repetindo o que aconteceu contra o Júnior, na Colômbia, as jogadas são quase sempre pelo lado de Trauco. Aos 15, Gigliotti fura após cruzamento de Mesa por ali. Tem rebote para Sanchez Miño que chuta forte. Da maneira que pode, Pará evita que a bola vá em direção ao gol.
Na véspera, Rueda disse que precisava de experiência. Ressaltava isso ao comentar a presença da zaga com Réver e Juan. O veterano tem sua chance de ampliar aos 20. Em bola levantada por Diego, ele fica cara a cara com o goleiro, mas não alcança a bola, que sai à direita do gol.
O Independiente já não para de chegar com perigo. Técnico do ‘Rojo’, Ariel Holan foi treinador de hóquei sobre grama. Mas o jogo parecia de hóquei no gelo. Com o campo molhado, os argentinos voam, trocam freneticamente de posição e buscam jogadas agudas pelos lados do campo. Sánchez Miño, Silva, Meza, Benítez e Barco. É difícil definir a posição de cada um.
O certo é que Gigliotti é o 9. Aos 32, Éverton Ribeiro erra passe no ataque e o contra-ataque acontece. Meza, Benítez e a bola chega em Gigliotti. O chute sai forte e preciso. César não evita o empate. As câmera de TV tremem junto com o estádio.
Virada com Meza
Mexer ou não mexer no intervalo? Os times voltam iguais, inclusive na atitude. Aos 10, Barco faz jogada pela direita e cruza. Livre na entrada da área, Meza acerta um chute forte e vira. É 2 a 1. Agora sim Rueda mexe. Tira Paquetá, coloca Éverton.
Com o gol, os argentinos seguem melhores, mas sem o mesmo senso de urgência. E dá chances. Aos 24, a bola sobe na medida para Arão. Ele chute fora, mas a bola vai à direita do gol. Em seguida, mais uma mudança. Saí Diego, entra Vinícius Júnior. O time cresce e, aos 40, uma falta próxima à área cria grande expectativa. É Cuéllar quem vai para a cobrança. Ele bate colocado... e Campaña defende com tranquilidade. O gol fica para a quarta-feira que vem, no Maracanã, quando o Flamengo precisa de uma vitória. Por um gol, vai para os pênaltis. Além disso, é taça aos fim dos 90 minutos.
Para a torcida, Juan deixa o último recado:
— Perdemos pelo placar mínimo. O que sofremos aqui, eles vão sofrer la.
Quase todos de vermelho, os torcedores do Independiente cantam “Rojo, mi gran amigo” a plenos pulmões. Lotado, o Estádio Libertadores de América chega a tremer. O Flamengo sobe ao gramado e, na última reunião antes do apito, Willian Arão grita para os companheiros com os dois indicadores apontados para a própria cabeça. Contra os argentinos é preciso mantê-la no lugar a qualquer custo. Ele certamente pensava na dolorosa derrota para o San Lorenzo, em maio, que provocou a eliminação da Libertadores. Foi só a 10 quilômetros dali. Por sinal, o Flamengo não vence no país vizinho desde julho de 2001.
Também é necessário se impôr. Por isso, quando o relógio chega aos dois minutos, Felipe Vizeu aproveita uma lançamento longo de Pará para dividir com o goleiro Campaña. É final de Copa Sul-Americana, não existe bola perdida. Como disse Reinaldo Rueda na noite anterior: “Não podemos ser conformistas”. Talvez isso explique o fato de Mancuello, que viajou para Argentina, não estar nem sentado no banco. Ele disse que não comemoraria um gol contra seu clube do coração.
Será que os argentinos têm visto os jogos do Flamengo? Não parece quando Trauco cobra falta e Réver não tem ninguém na sua frente. Os dois marcadores estão atrás, batidos. Quem vê os jogos do rubro-negro já comemora antes mesmo de a bolar estufar a redes aos 8 minutos. É a sétima vez que ele celebra um gol no ano.
Como era de se esperar, a torcida volta a crescer. Ela tenta acordar o time local, que vem junto. Repetindo o que aconteceu contra o Júnior, na Colômbia, as jogadas são quase sempre pelo lado de Trauco. Aos 15, Gigliotti fura após cruzamento de Mesa por ali. Tem rebote para Sanchez Miño que chuta forte. Da maneira que pode, Pará evita que a bola vá em direção ao gol.
Na véspera, Rueda disse que precisava de experiência. Ressaltava isso ao comentar a presença da zaga com Réver e Juan. O veterano tem sua chance de ampliar aos 20. Em bola levantada por Diego, ele fica cara a cara com o goleiro, mas não alcança a bola, que sai à direita do gol.
O Independiente já não para de chegar com perigo. Técnico do ‘Rojo’, Ariel Holan foi treinador de hóquei sobre grama. Mas o jogo parecia de hóquei no gelo. Com o campo molhado, os argentinos voam, trocam freneticamente de posição e buscam jogadas agudas pelos lados do campo. Sánchez Miño, Silva, Meza, Benítez e Barco. É difícil definir a posição de cada um.
O certo é que Gigliotti é o 9. Aos 32, Éverton Ribeiro erra passe no ataque e o contra-ataque acontece. Meza, Benítez e a bola chega em Gigliotti. O chute sai forte e preciso. César não evita o empate. As câmera de TV tremem junto com o estádio.
Virada com Meza
Mexer ou não mexer no intervalo? Os times voltam iguais, inclusive na atitude. Aos 10, Barco faz jogada pela direita e cruza. Livre na entrada da área, Meza acerta um chute forte e vira. É 2 a 1. Agora sim Rueda mexe. Tira Paquetá, coloca Éverton.
Com o gol, os argentinos seguem melhores, mas sem o mesmo senso de urgência. E dá chances. Aos 24, a bola sobe na medida para Arão. Ele chute fora, mas a bola vai à direita do gol. Em seguida, mais uma mudança. Saí Diego, entra Vinícius Júnior. O time cresce e, aos 40, uma falta próxima à área cria grande expectativa. É Cuéllar quem vai para a cobrança. Ele bate colocado... e Campaña defende com tranquilidade. O gol fica para a quarta-feira que vem, no Maracanã, quando o Flamengo precisa de uma vitória. Por um gol, vai para os pênaltis. Além disso, é taça aos fim dos 90 minutos.
Para a torcida, Juan deixa o último recado:
— Perdemos pelo placar mínimo. O que sofremos aqui, eles vão sofrer la.
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