Ensino de Química em Arapiraca recebe aperfeiçoamento

Por Agência Alagoas 21/10/2017 15h03 - Atualizado em 21/10/2017 18h06
Por Agência Alagoas 21/10/2017 15h03 Atualizado em 21/10/2017 18h06
Ensino de Química em Arapiraca recebe aperfeiçoamento
Foto: Agência Alagoas
Compreender a fundo determinadas disciplinas do currículo escolar ainda representa um obstáculo para diversos alunos, o que, acaba se tornando um desafio recorrente no planejamento dos estabelecimentos de ensino.

Com o intuito de debater o tema e desmistificar o processo de aprendizagem no nível médio, desponta em Alagoas um projeto integrador no interior do estado que, alia o conhecimento especializado ao ensino da Química. Implementado com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), o estudo intitulado “Ensino de Química: Tendências e Perspectivas da Formação Continuada de Professores de Ensino Médio das Escolas Públicas de Arapiraca”, envolveu cerca de 15 professores em 2 escolas da cidade.

A proposta surgiu através do intermédio do Programa de Iniciação Científica (Pibic) desenvolvido na Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). A orientadora, Maria José Omena, indicou a proposta ao aluno da licenciatura de química, Lucas Silva, que em conjunto estruturaram uma abordagem que atendesse as lacunas do ensino local. A ideia era fornecer uma atenção especial à formação continuada de professores, o que foi sendo inserido no planejamento e construído durante a inserção nas escolas.

O aluno citou que um dos critérios que o motivou a produzir a pesquisa é o fato de que a transição do Ensino Fundamental para o Médio significa um momento mais complexo para o aluno.
A Química entra nesta etapa inserindo mais cálculos e fórmulas na rotina do estudante, uma sobrecarga de informações que, caso não sejam bem explanadas, podem gerar bloqueios neste processo.

Lucas Silva explica que, para mudar o foco e tirar as tensões já existentes acerca da matéria, os profissionais deveriam inserir dinâmicas e mecanismos que pretendam relacionar a Química com exemplos mais práticos e próximos aos estudantes. No entanto, isto ainda é muito incipiente, o que demonstra uma carência na situação pesquisada.

A análise também revelou que as dificuldades mais recorrentes ocorriam pela falta de tempo para a especialização. “Muitos professores não dispõem de tempo para frequentar cursos de formação continuada, bem como as escolas não oferecem estes cursos para que os docentes possam se atualizar e melhorar sua prática pedagógica”, frisa o aluno.

O estudo ainda levou em consideração aqueles profissionais que, estão abordando outra disciplina sem ter a formação devida, esta adoção inadequada acaba por intensificar os problemas apresentados. Neste intuito, de entender o quadro disposto na cidade, a dupla de pesquisadores começou a trabalhar com técnicas de aperfeiçoamento de ensino.

A partir de uma verificação inicial, a pesquisa propôs inserir a formação continuada da Química aos professores de Nível Médio, num contexto de análise situacional e execução. Foram discutidas novas tendênciaspedagógicas em palestras e debates para a atuação em sala de aula de forma crítica e reflexiva, visando uma melhoria das práticas. A finalidade era mostrar novos métodos de introdução da disciplina em aulas mais descontraídas e interativas, além de, apresentar uma melhoria contínua das técnicas.

Conduzida estas abordagens, o resultado não poderia ser diferente: os alunos passaram, então, a colaborar, sendo mais participativos, e foi visto que, as dúvidas específicas foram minimizadas de maneira assertiva. “O processo conscientizou os professores de que, cursos de formação continuada são fundamentais para a melhoria da prática pedagógica e uma consequente atualização”, explica o aluno. As técnicas reproduzidas refletiram na aprendizagem dos alunos tornando este, um ganho duplo as escolas estaduais de Arapiraca.

Lucas Silva enfatiza que este estudo ainda não prevê um término próximo, pois ele pretende dar continuidade as pesquisas num mestrado onde poderá ser verificada a evolução do projeto. O pesquisador deseja ampliar o escopo da análise, realizando-a agora em outras redes de ensino e com um aprofundamento ainda mais específico.