Funcionários do IML são investigados por arrastar cadáver em meio a lamaçal

Por Alagoas 24 Horas 26/09/2017 10h10 - Atualizado em 26/09/2017 13h01
Por Alagoas 24 Horas 26/09/2017 10h10 Atualizado em 26/09/2017 13h01
Funcionários do IML são investigados por arrastar cadáver em meio a lamaçal
Foto: Divulgação
A morte brutal do agropecuarista Tadeu Freitas de Omena, 54 anos, ocorrida na última quinta-feira (21) em sua propriedade, em Branquinha, é considerada solucionada pelo polícia judiciária. Para a Polícia Civil de Alagoas, trata-se de latrocínio (roubo seguido de morte), que teve como mentor o ex-funcionário de Tadeu Omena identificado como Dijovan Tiele Silva, 20 anos, conhecido como Gonçalo.

Dijovan morreu em confronto com a polícia horas após o crime durante a perseguição aos suspeitos, em União dos Palmares. Lucas Eduardo da Silva, 20, foi o primeiro a ser preso e a delatar os comparsas. Um terceiro suspeito, sem identificação oficial, foi morto ainda na fazenda do agropecuarista, por funcionários do local. Um quarto suspeito segue foragido.

Apesar da resposta rápida das forças de segurança, outro fato deve ganhar repercussão. Vários vídeos divulgados nas redes sociais mostram funcionários do Instituto Médico Legal Estácio de Lima, em Maceió, arrastando o corpo do suspeito pelos pés, em meio à lama e a piadas de funcionários da fazenda.

Ao chegar ao veículo oficial, o funcionário do IML ainda joga com os pés água para tentar limpar o corpo da lama. Durante todo o vídeo, funcionários do IML e do fazendeiro dão risadas e fazem piada sobre o cadáver. “É bom pra tomar um banho, pra relaxar um pouquinho. Tá cansado da traçoeiragem (sic) que fez ontem. Aí… Só de lanchazinha. Vá matar pai de família aí”…, narra uma pessoa não identificada em meio às risadas.

A Perícia Oficial de Alagoas disse, por meio da sua assessoria, “que não compactua com a conduta adotada pelos dois funcionários da empresa prestadora de serviço dos Institutos que compõem a estrutura Poal, durante recolhimento de um cadáver no município de Branquinha. Esse tipo de procedimento é totalmente irregular, e incompatível com as atividades desempenhadas pelas equipes do IML.

Em virtude da denúncia, a Perícia Oficial notificou a empresa sobre a conduta dos funcionários, e cobrou da mesma, medidas administrativas em relação ao fato. Situações como essa não serão admitidas pela direção da Poal.

Os dois envolvidos foram identificados e demitidos da empresa terceirizada que irá realizar uma capacitação para requalificar as equipes que atuam no IML.