Poeta alagoana radicada em São Paulo lança livro na Bienal

Por Redação com Assessoria 21/09/2017 17h05 - Atualizado em 22/09/2017 10h10
Por Redação com Assessoria 21/09/2017 17h05 Atualizado em 22/09/2017 10h10
Poeta alagoana radicada em São Paulo lança livro na Bienal
Foto: Cortesia ao Já É Notícia
A poeta e jornalista alagoana Natália Agra, radicada em São Paulo, irá lançar seu primeiro livro no dia 04 de outubro, na Bienal de Alagoas. O livro, intitulado De Repente a Chuva, faz parte do catálogo do coletivo editoral paulistano Corsário-Satã.

Nas palavras da poeta Marília Garcia (do texto de orelha deste volume): Este livro se passa quase o tempo todo debaixo de nuvens. As nuvens pingam, depois se afastam um pouco para dar lugar ao sol – estamos deitados na grama – mas logo o céu desaba outra vez e volta a pingar. Assim, segue-se um ciclo, a chuva cai, pega a estrada, vira rio. A rua está molhada, estamos no inverno. Costura-se um inverno no outro, já estamos no segundo inverno. A trilha sonora é variada, mas ao fundo sempre a melodia de uma chuva intermitente, seguida às vezes por tempestade, luto, calmaria.

Numa das escrituras sagradas dos Vedas, lê-se um ensinamento sobre o tempo que diz que se olharmos com muita atenção para uma montanha veremos que seu movimento é igual ao das ondas do mar. Com esta bela estreia, Natália Agra nos convida para uma percepção temporal deste tipo, para um olhar sobre o mundo que consiga ver seus movimentos variados e suas transformações. Ao entrarmos neste estado, talvez seja possível abrir a escuta para o diálogo tão surpreendente quanto comovente: “por que você já vai? perguntou a abelha / porque deu meu tempo, respondeu o carneirinho”.

O livro se funda numa poética consciente de seus materiais criativos e das fissuras drásticas e tensões de seu tempo. Uma poética que, através de um lirismo comedido, sofisticado, nos abre amplas possibilidades de degustação do real. Experimentando muitas formas (como aquele jovem Gilberto Gil que Torquato Neto desenhou lá nos 60: “Há várias maneiras de se cantar e fazer música brasileira: Gilberto Gil prefere todas. Assim, ele se entende com o público.”), Agra alcança momentos de rara beleza, onde, do ordinário, o poético brota.

De repente a chuva não será distribuído em livrarias e as vendas acontecerão exclusivamente nos dois lançamentos (em Maceió/ AL e em São Paulo/SP) e através do correio.

Onde: Bienal Internacional do Livro de Alagoas - Espaço Sesc – Sala Mangaba

Quando: Dia 4/10/2017 (quarta-feira) - A partir das 20h