Vídeo mostra policiais revoltados com soltura de mulher presa com oito armas
Um vídeo que circula nas redes sociais tem chamado a atenção ao mostrar a revolta de policiais militares com a soltura de uma mulher. Maria Cícera Oliveira Lima, de 31 anos, foi presa em flagrante na madrugada de sábado (12) ao serem encontrados com ela, em uma residência no conjunto Cleto Marques Luz, oito revólveres calibre 32 e 38.
Nas imagens, os policiais aparecem conversando com a mulher e perguntando sobre a detenção dela. Maria Cícera conta que conseguiu um alvará para que fosse solta e diz que "não deve nada a ninguém". "Estou com meu alvará de soltura e não devo nada a ninguém", repete.
Os PMs reclamam da situação do país. "Brasil, Brasil; é isso aí", ressalta um deles. "Me desculpe por ter vindo na casa da senhora, quebrado a porta da senhora, ter apreendido oito armas e ter levado a senhora constrangida até uma delegacia para um dia depois a senhora estar solta. Pelo amor de Deus", completa outro, em tom de revolta.
A mulher foi liberada depois de uma audiência de custódia. Segundo o juiz responsável, Ricardo Jorge Cavalcante Lima, a suspeita foi solta por ser ré primária, possuir bons antecedentes e ter endereço físico. Ela também tem emprego fixo em um matadouro e alegou que as armas seriam do namorado.
"Está na ficha dela que ela nunca havia sido presa e tem bons antecedentes. Segundo o que ela apresentou, as armas seriam de um namorado, que as deixou na casa dela sem que ela soubesse. Ela disse de quem eram as armas, por isso soltei. Não fiz nada mais nada menos do que a lei estabelece".
O magistrado acrescenta que o Ministério Público Estadual deu parecer favorável para a soltura. "O Ministério Público pediu isso com base na lei, no que está na legislação. Outras pessoas lá tinham antecedentes e ficaram presas", expõe Ricardo Jorge Cavalcante Lima.
O fato
Maria Cicera havia sido levada para a Central de Flagrantes I, no bairro do Farol, onde foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo. De acordo com os militares, ela foi pega durante uma operação no bairro do Vergel do Lago, após uma denúncia anônima de tráfico de drogas.
Ao chegarem no local indicado, os policiais realizaram buscas e encontraram as armas. Os revólveres estavam com a numeração raspada e nenhuma munição foi encontrada. De acordo com eles, as armas eram alugadas para criminosos cometerem assaltos e homicídios.
Versão do comando
Comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, que efetuou a detenção, o major Rocha Lima lamentou o ocorrido. "Sabemos que o juiz pode ter entendido que as armas não eram dela, mas estavam de posse dela, no teto da casa dela. Ela estava guardando essas armas que seriam usadas em crimes e tem toda uma circunstância por trás".
Ele destaca que as audiências de custódia têm desanimado as tropas. "A polêmica está muito grande. Todos os dias chego nos batalhões e as guarnições me procuram para reclamar disso. Acham que estão enxugando gelo. Dá trabalho para prender e os policiais vão acabar se desmotivando", avalia.
Nas imagens, os policiais aparecem conversando com a mulher e perguntando sobre a detenção dela. Maria Cícera conta que conseguiu um alvará para que fosse solta e diz que "não deve nada a ninguém". "Estou com meu alvará de soltura e não devo nada a ninguém", repete.
Os PMs reclamam da situação do país. "Brasil, Brasil; é isso aí", ressalta um deles. "Me desculpe por ter vindo na casa da senhora, quebrado a porta da senhora, ter apreendido oito armas e ter levado a senhora constrangida até uma delegacia para um dia depois a senhora estar solta. Pelo amor de Deus", completa outro, em tom de revolta.
A mulher foi liberada depois de uma audiência de custódia. Segundo o juiz responsável, Ricardo Jorge Cavalcante Lima, a suspeita foi solta por ser ré primária, possuir bons antecedentes e ter endereço físico. Ela também tem emprego fixo em um matadouro e alegou que as armas seriam do namorado.
"Está na ficha dela que ela nunca havia sido presa e tem bons antecedentes. Segundo o que ela apresentou, as armas seriam de um namorado, que as deixou na casa dela sem que ela soubesse. Ela disse de quem eram as armas, por isso soltei. Não fiz nada mais nada menos do que a lei estabelece".
O magistrado acrescenta que o Ministério Público Estadual deu parecer favorável para a soltura. "O Ministério Público pediu isso com base na lei, no que está na legislação. Outras pessoas lá tinham antecedentes e ficaram presas", expõe Ricardo Jorge Cavalcante Lima.
O fato
Maria Cicera havia sido levada para a Central de Flagrantes I, no bairro do Farol, onde foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo. De acordo com os militares, ela foi pega durante uma operação no bairro do Vergel do Lago, após uma denúncia anônima de tráfico de drogas.
Ao chegarem no local indicado, os policiais realizaram buscas e encontraram as armas. Os revólveres estavam com a numeração raspada e nenhuma munição foi encontrada. De acordo com eles, as armas eram alugadas para criminosos cometerem assaltos e homicídios.
Versão do comando
Comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, que efetuou a detenção, o major Rocha Lima lamentou o ocorrido. "Sabemos que o juiz pode ter entendido que as armas não eram dela, mas estavam de posse dela, no teto da casa dela. Ela estava guardando essas armas que seriam usadas em crimes e tem toda uma circunstância por trás".
Ele destaca que as audiências de custódia têm desanimado as tropas. "A polêmica está muito grande. Todos os dias chego nos batalhões e as guarnições me procuram para reclamar disso. Acham que estão enxugando gelo. Dá trabalho para prender e os policiais vão acabar se desmotivando", avalia.
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