Trabalhadores dizem não às reformas na greve geral: 'Nenhum direito a menos'

Por Assessoria 30/04/2017 18h06 - Atualizado em 30/04/2017 21h09
Por Assessoria 30/04/2017 18h06 Atualizado em 30/04/2017 21h09
Trabalhadores dizem não às reformas na greve geral: 'Nenhum direito a menos'
Foto: Assessoria
Mais de 30 mil pessoas se concentraram na Praça Centenário e saíram em passeata contra as reformas trabalhista e previdenciária que tramitam no Congresso Nacional, na sexta-feira (28), na greve em todo o Brasil.

O dia histórico teve início com paralisação dos policiais civis, trabalhadores rodoviários, servidores do Judiciário Federal e do MPU, professores das esferas pública e privada, bancários, servidores públicos, trabalhadores privados, trabalhadores dos Correios, estudantes que não se intimidaram com as ameaças e mostraram ao governo Temer e o Congresso Nacional que estão dispostos à luta para defender os direitos.

A CNBB se posicionou favoravelmente à greve geral para defender os direitos dos trabalhadores, do campo e da cidade. A greve geral parou Alagoas e o Brasil. Os trabalhadores rurais sem-terra bloquearam as principais rodovias do Estado.

O vice-diretor Jurídico do Sindpol, Ricardo Nazário, destacou que o Sindicato e os policiais civis mais uma vez se uniram com os trabalhadores do campo e da cidade contra as reformas Trabalhista e Previdenciária. “É um momento muito importante de toda a sociedade que mostra que não aceita essas reformas. Foi uma demonstração de força popular para conter os ataques aos direitos aos direitos”, revela, acrescentando que o Substitutivo da PEC 287/2017 prevê idade mínima de 55 anos e 25 anos de contribuição aos policiais, e os operadores de segurança continuarão lutando contra essa manobra do governo. “O Sindpol tem essa responsabilidade de defender a categoria e a sociedade. A greve geral foi muito positiva. Os policiais civis compareceram à mobilização por entenderem que serão prejudicados com essas reformas”.

O presidente do Sindpol, Josimar Melo, revela que a greve foi importante para mostrar a insatisfação da classe trabalhadora contra as reformas que retiram os direitos da classe. “Isso é uma resposta do povo contra essas reformas, que sacrifica os trabalhadores”.

A coordenadora Geral do Sindjus-AL, Vivianne Oliveira, disse que é uma transformação positiva consegui atingir milhares de participantes de várias categorias contra essas reformas e a terceirização. “Não podemos deixar que retiram nossos direitos. O caminho é a luta por nossos direitos. É necessário resistir e enfrentar esse retrocesso social. Também não vamos nos inibir com a ameaça de corte de ponto. Vamos seguir com a mobilização”.

A presidente da CUT, Rilda Alves, avaliou como positivo a mobilização tendo em vista que o momento não está favorável aos trabalhadores. “A classe trabalhadora dá as mãos e faz uma grande paralisação para mostrar nossa insatisfação”.

Em todo o país, os trabalhadores cruzaram os braços contra a PEC 287/2016 da reforma da Previdência e contra o PL 6.787/2016 da reforma da Trabalhista, que passou na Câmara foi para o Senado. A PEC 287/2016 visa a impedir o direito à aposentadoria. A proposta mantém a idade de 65 anos para aposentadoria, com fim da aposentadoria por tempo de contribuição, além da carência de 25 anos, porém com regra de transição. A reforma Trabalhista prevê que o negociado prevaleça sobre legislado. A proposta modifica a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), implanta parcelamento das férias, jornada de trabalho de até 12 horas diárias, redução de salário e ataca a representatividade dos sindicatos, retirando a exigência de os sindicatos homologarem a rescisão contratual no caso de demissão.