Mortes de tatuador e de rapper estão relacionadas, revela Polícia Civil

Por Redação com Gazetaweb 18/01/2017 13h01 - Atualizado em 18/01/2017 16h04
Por Redação com Gazetaweb 18/01/2017 13h01 Atualizado em 18/01/2017 16h04
Mortes de tatuador e de rapper estão relacionadas, revela Polícia Civil
Foto: Reprodução
Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) já tem novas pistas sobre a morte do tatuador identificado inicialmente como André Moraes, de 34 anos, morto dentro de um estúdio de tatuagem na manhã de terça-feira (17), na Avenida Jatiúca. De acordo com agentes que participam da investigação, o caso tem ligação com o homicídio do rapper Nilton Oliveira.

Nilton, de 21 anos, era amigo de André Moraes e foi assassinado no dia anterior, no Vale do Reginaldo, em Maceió, com golpes de arma branca e a pedradas. Policiais da Delegacia de Homicídios disseram que os dois crimes estão relacionados devido à questão de drogas.

"Um crime se relaciona com o outro, até porque os dois eram amigos e um foi assassinado em um dia e o outro, no dia seguinte. Agora falta fazer essa conexão. Os dois homicídios estão ligados ou a dívidas com o tráfico ou a disputa por espaço", disse um dos agentes.

Identidade falsa

De acordo com ele, na casa e no estúdio de André, que seria um nome falso, foram encontrados 167 gramas de maconha e, além de usuário, ele estaria envolvido também com tráfico de entorpecentes. O tatuador já havia sido preso em São Paulo e na Bahia por esse crime e por estelionato.

A Delegacia de Homicídios já entrou em contato com a polícia paulista para conseguir mais informações sobre o caso, inclusive no intuito de descobrir o nome verdadeira da vítima. Até agora, os agentes descobriram quatro carteiras de identidade que seriam utilizadas por ele.

"Tem carteira de São Paulo, de Santa Catarina, de outros lugares. Podem ser carteiras verdadeiras que ele roubou e só trocou a foto. Estamos tentando descobrir o nome verdadeiro dele até para colocar no inquérito. A família já fez contato e está vindo de São Paulo para prestar informações", ressaltou outro agente.

Testemunhas também estão sendo ouvidas para tentar esclarecer a morte. Na manhã desta quarta-feira (18), a PC ouviu os esclarecimentos de uma funcionária recém-contratada pelo estúdio de tatuagem no qual André trabalhava. Além dela também devem prestar depoimento amigos, parentes, outros funcionários e vizinhos.

"Estamos trabalhando nas linhas de investigação, mas provavelmente o crime tem ligação com drogas, com uso e venda. Também há suspeita de que ele praticava outros ilícitos".

Mortes

O assassinato do tatuador aconteceu na manhã desta terça-feira (17), dentro de um estúdio na Jatiúca. De acordo com a polícia, a vítima foi surpreendida por um atirador enquanto tatuava um cliente. No momento do crime, outra pessoa ainda aguardava para fazer uma tatuagem.

André Moraes foi atingido por tiros na região do tórax e do braço e tinha aproximadamente 35 anos. Ele foi socorrida ainda com vida, mas morreu a caminho do Hospital Geral do Estado (HGE). O suspeito fugiu do local e não foi localizado.

Já Nilton Oliveira foi assassinado na segunda-feira (16), no Vale do Reginaldo. Segundo a Polícia Militar, a suspeita é que ele tenha sido vítima de uma emboscada. O jovem, que era conhecido como 'Tinho', teria sido morto a golpes de arma branca e a pedradas e apresentava afundamento de crânio quando foi encontrado.

Os primeiros levantamentos feitos pelos militares apontaram que Nilton morava no bairro da Jatiúca e seria usuário de drogas.