Grupos religiosos celebram Iemanjá na orla da Pajuçara

Por G1 08/12/2016 12h12 - Atualizado em 08/12/2016 15h03
Por G1 08/12/2016 12h12 Atualizado em 08/12/2016 15h03
Grupos religiosos celebram Iemanjá na orla da Pajuçara
Foto: Michelle Farias/ G1
A orla de Maceió foi tomada por flores, cantos e muito batuque. Da capital e do interior de Alagoas, os seguidores de Iemanjá mudaram as cores da Praia de Pajuçara vestidos em homenagem à Deusa das águas, celebrada no estado sempre no dia 8 de dezembro.

Logo no início da manhã, os círculos já se formavam para dar início às festividades que atraiu muitas pessoas. Um deles foi o turista de Minas Gerais, Julio Cavalcante, que está em Maceió pela primeira vez.

“Nunca tinha visto essa festa. Estou achando muito bonito o colorido e as danças. Hoje iria até uma praia no Litoral Sul, mas resolvi ficar na capital para observar mais essa festividade”, afirma.

A integrante do grupo Umbanda Centro Espírita Casa de Ação, Deusa Batista, celebra Iemanjá há dez anos. “Esse é o dia que eu venho agradecer tudo o que ela faz por mim. Ela é maravilhosa e me dar tudo o que preciso. Também é dia de pedir que 2017 seja tão bom quanto 2016 foi”, diz.

O pai Valdir veio com o seu grupo da cidade de Cajueiro para participar das celebrações. “Nos preparamos há muito tempo, desde junho já começamos a ver roupas, oferendas e a nos preparar espiritualmente. Esse é o dia da nossa mãe Iemanjá e é dia de celebrar”, reforça.

A comemoração ao Dia de Iemanjá tem como uma das suas características principais as oferendas em forma de presentes colocadas no mar para a divindade. “Presenteamos com cestas e oferendas. As cestas amarelas representam Iemanjá e as azuis representam Oxum [a orixá que reina sobre as águas doces]. Com as oferendas, nós pedimos para trazer mais paz, amor e união para todas as pessoas", explicou Jane.

As datas variam de um estado para outro. Na Bahia, a mãe dos Orixás é celebrada no dia 2 de fevereiro. Mas em Alagoas, os seguidores da Umbanda comemoram a data no dia de Nossa Senhora da Conceição, por causa do sincretismo religioso com a santa católica.