Após assembleia, Policiais civis decidem por greve de 24 horas na próxima terça-feira

Por Assessoria 21/10/2016 20h08 - Atualizado em 21/10/2016 23h11
Por Assessoria 21/10/2016 20h08 Atualizado em 21/10/2016 23h11
Após assembleia, Policiais civis decidem por greve de 24 horas na próxima terça-feira
Foto: Assessoria/Sindpol
Os policiais civis decidiram realizar nova greve de 24 horas nas delegacias, distritais, centrais, especializadas e regionais de todo o estado de Alagoas na próxima terça-feira (25), em resposta ao descaso do governo do Estado com as reivindicações da categoria.

Na assembleia geral, realizada na tarde desta sexta-feira (21), os policiais civis avaliaram como positiva a realização da paralisação de 24 horas, que contou com a adesão total da categoria na Capital e em todo o Estado, fortalecendo a luta dos policiais.

Na assembleia geral, os policiais civis repudiaram a posição do Governo que falta com a verdade ao afirmar que a categoria obteve conquistas, quando, na verdade, vem retirando direitos conquistados nos governos anteriores. O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol-AL) citou que o Governo não pagou de 1,4% do IPCA de 2015 e 10,48% de 2016; deve o pagamento retroativo das progressões e não reconhece o risco de vida dos policiais civis. Além disso, os policiais civis estão com coletes balísticos vencidos, e as delegacias são precárias, insalubres e superlotadas de presos.

O presidente do Sindpol, Josimar Melo, informou que nesta semana foi lançada a campanha “Polícia Legal” que é o policial civil trabalhar dentro da lei, amparado pela legislação, bem como foi realizada a distribuição de adesivos “Governo sem palavra, povo sem segurança” e panfletos “Lista de maldades do governo”.

Os policiais civis também denunciaram que o limite de presos na Casa de Custódia e nas Centrais não está sendo respeitado. Na Central de Flagrantes, a quantidade de preso chegou perto do dobro do limite e houve tentativa de fuga de presos.

Também foi reafirmado que o policial civil não poderá sair em diligência sem o colete balístico, armamento e munições que deverão estar na validade e em perfeito estado de conservação.

Na assembleia, foi definido o calendário de mobilização com realização de ato público “Enterro da Segurança Pública”, na próxima terça-feira (25), com entrega de panfletos e adesivos, bem como o protesto pelos homicídios de 3.175 pessoas em 21 meses. A manifestação será em frente à Oplit, na Ponta Verde, a partir das 8 horas. E no dia 31 de outubro, haverá assembleia geral com indicativo de greve no Auditório dos Urbanitários, às 13 horas.

Mobilização

Os policiais civis estão desde no ano passado mobilizados pela valorização profissional através da pauta de negociação que contém 23 itens. Entre os pleitos, o reajuste do piso salarial, a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Subsídios (PCCS), o pagamento de risco de vida e de insalubridade, a correção dos valores do adicional noturno e da verba de alimentação, o fim do desvio de função que é a custódia de preso, o plano de saúde mantido pelo Estado, entre outros. Até o momento o Governo de Alagoas não concedeu nenhum item à categoria.

A proposta de piso salarial da categoria é de R$ 5.500,00 em duas parcelas (primeira para este ano e a segunda para 2017). Atualmente, os policiais civis de Alagoas recebem o pior piso salarial da segurança pública para uma categoria com nível superior, além de estar no 25º lugar no ranking dos pisos salariais do Brasil.