Índios liberam BR-101, em Alagoas, após mais de 35 horas de bloqueio

Por G1 Alagoas 21/10/2016 06h06 - Atualizado em 21/10/2016 09h09
Por G1 Alagoas 21/10/2016 06h06 Atualizado em 21/10/2016 09h09
Índios liberam BR-101, em Alagoas, após mais de 35 horas de bloqueio
Índios bloqueiam os dois sentidos da BR-101. - Foto: Igor Wassu/Arquivo Pessoal
Os dois sentidos da rodovia BR-101, em Joaquim Gomes, que estavam bloqueados há mais de 35 horas por índios da tribo Wassu Cocal, foram liberados no início da noite desta quinta-feira (20). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou a liberação da pista por volta das 18h30.

Os indígenas cobravam um posicionamento da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) sobre as reivindicações deles, que envolvem a ampliação das terras indígenas e da rodovia, além da construção de escolas.

“Vamos liberar a rodovia hoje porque marcamos uma reunião para amanhã, onde vamos discutir nossas reivindicações”, explicou o índio Igor Wassu.

De acordo com a PRF, apesar dos índios ainda não terem chegado em um consenso com os órgãos envolvidos, a rodovia foi liberada como condição para serem recebidos pela Procuradoria da República (PR) em uma reunião na próxima sexta-feira (21), em Maceió.

Cobranças
De acordo com o índio Igor Wassu, a duplicação da BR-101 deve contar com o Plano Básico Ambiental Indígena (PDAI), que visa diminuir os impactos ambientais nas terras indígenas, além de melhorar as atividades desenvolvidas pelos índios.

"Nós queremos nossos direitos. Há coisas erradas no PDAI, o primeiro plano apresentado não condiz com o último", diz o indígena.

Ainda segundo Igor Wassu, os índios esperam ainda a ampliação das terras que está judicializada. "Foram feitos estudos, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) esteve aqui, mas tudo está parado. Isso é um grande prejuízo para as terras indígenas. Só vamos liberar a rodovia quando tivermos uma posição do governo federal", afirma.