Empresa fecha as portas e deixa quase 500 bananas de dinamites enterradas

Por Redação com Gazetaweb 28/09/2016 11h11 - Atualizado em 28/09/2016 15h03
Por Redação com Gazetaweb 28/09/2016 11h11 Atualizado em 28/09/2016 15h03
Empresa fecha as portas e deixa quase 500 bananas de dinamites enterradas
Foto: Reprodução/ TV Gazeta
Os trabalhadores de uma empresa de exploração de gás e petróleo denunciaram que quase 500 bananas de dinamite se encontravam enterradas na zona rural de Coruripe e Jequiá da Praia. A empresa que é de Minas Gerais teria abandonado o local sem qualquer explicação e deixando todos os contratados sem pagamento.

De acordo com os funcionários, a empresa deixou 480 bananas de dinamite enterradas numa profundidade de 4 a 6 metros e prontas para serem detonadas. Os explosivos foram espalhados numa área de 170km² de mata e canavial que abrange dois municípios, Jequiá da Praia e Coruripe.

Eles relataram, ainda, que existem outras 2 mil dinamites armazenadas em um paiol, que seriam utilizadas na busca de gás e petróleo. Segundo o auxiliar de campo Douglas Santos, existe um risco real de detonação das dinamites enterradas.

"Existe, sim, um risco de detonação, a partir do momento que qualquer carga, até uma pilha de relógio, entre em contato com os dois fios do material explosivo pode chegar a detonar".

Os funcionários também fizeram um protesto em frente a sede da empresa Georadar, localizada em Teotônio Vilela, devido à falta de pagamento. Segundo o auxiliar de campo Antônio dos Santos, a empresa fechou do dia para a noite e não deu satisfação aos funcionários.

"Não anunciaram o motivo de porque iam parar, não deram nenhuma justificativa para a gente. Somos pais de família e dependemos desse salário que não recebemos há 4 meses. Eles deviam ter se pronunciado se iam demitir a gente, para pagar nosso tempo de serviço", relatou Antônio.

A empresa teria assinado a carteira de cerca de 300 funcionários de Alagoas, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe. Eles ficaram instalados em casas alugadas pela região e os proprietários também estão sem receber o pagamento há 4 meses.

Manoel dos Santos é um dos proprietários que alugaram o imóvel para os trabalhadores. "Eu aluguei minha casa para essa empresa e já fazem quatro meses que ela não paga o aluguel. Eles já estão me devendo R$ 5 mil", denuncia.

O auxiliar administrativo Taciano Alves que trabalhava na área de planejamento, afirmou que a empresa havia sido contratada pela Petrobras para executar um projeto de quase R$ 20 milhões na região.

Em nota, a Georadar disse apenas que está resolvendo as questões trabalhistas com os funcionários e não se manifestou sobre os explosivos. O exército, que é responsável sobre o uso dos explosivos, foi até o paiol onde está sendo guardada as outras 2 mil bananas, e verificou que o armazenamento é feito de maneira correta.

Já as que estão enterradas, as equipes ainda não foram até o local e não conseguiram entrar em contato com a empresa. A Petrobras informou que precisa investigar a informação antes de se pronunciar.