OAB vê com preocupação nº de suspeitos mortos em confronto com PM

Por Redação com Gazetaweb 29/07/2016 07h07 - Atualizado em 29/07/2016 10h10
Por Redação com Gazetaweb 29/07/2016 07h07 Atualizado em 29/07/2016 10h10
OAB vê com preocupação nº de suspeitos mortos em confronto com PM
Foto: Divulgação
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se reúne, na tarde desta sexta-feira (29), para discutir os casos de justiçamento que vêm sendo registrados em Maceió, além do número de suspeitos mortos em confronto com a polícia, em 2016, em todo o estado. Somente nesta semana, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), sete suspeitos morreram apenas em Maceió.

E devido à quantidade de casos do tipo, a OAB afirma já ver os números "com preocupação", razão pela qual pretende solicitar uma reunião com o secretário de Segurança Pública, coronel Lima Júnior, para debater o tema.

De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Ricardo Moraes, a entidade não faz juízo de valor sobre as ocorrências que resultaram na morte de suspeitos. Na visão do presidente do colegiado, a OAB defende apenas que a legislação pertinente seja cumprida em sua plenitude, a fim de que um inquérito policial seja aberto com o objetivo de se apurar as circunstâncias das ocorrências policiais.

Na terça-feira (26), três suspeitos de tomar de assalto um veículo no bairro do Jacintinho, em Maceió, morreram em confronto com a polícia.

"O quadro atual se apresenta preocupante. Acredito que a Polícia Civil deve abrir investigação para apurar todos os casos em questão, cumprindo o que dispõe a lei. Não podemos deixar que a suspeita de reação, por si só, seja o elemento probatório contra os suspeitos que morreram. É preciso que haja o inquérito policial, o laudo da Perícia Oficial, entre outros elementos", expôs o presidente da comissão.

Ainda de acordo com Moraes, na reunião a ser requerida com o secretário, a comissão da OAB pretende externar a preocupação da entidade quanto aos casos registrados recentemente, em que abordagens policiais resultaram em mortes. "Essas ocorrências precisam ser tratados de forma transparente. Reforço que não estamos fazendo juízo de valor, mas apenas ressaltando a necessidade de um procedimento investigativo eficaz", ressaltou.

O comando geral da Polícia Militar, por sua vez, afirma que as abordagens em questão transcorreram dentro da legalidade, garantindo que, em todos os casos, os suspeitos reagiram às investidas da PM.