‘Bomba’ em corpo de candidato da OAB era bala de gengibre

Por Redação com G1 BA 24/07/2016 22h10 - Atualizado em 25/07/2016 01h01
Por Redação com G1 BA 24/07/2016 22h10 Atualizado em 25/07/2016 01h01
‘Bomba’  em corpo de candidato da OAB era bala de gengibre
 Não passou de um susto. O homem que ameaçou explodir uma bomba durante a prova da OAB, na Unijorge, em Salvador, Bahia, na verdade estava carregando amarrado junto ao corpo uma grande quantidade de balas de gengibre. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia na noite deste domingo (24).

Identificado como Frank Oliveira da Costa, o homem que ameaçou explodir o prédio onde estava sendo realizada a prova da OAB, se entregou à polícia por voltas das 16:50, após quatro horas de negociações. Na ocasião da ameaça, Frank Oliveira havia dito que foi reprovado na 10 vezes na prova da OAB e que não perderia a 11º.

De acordo com a SSP-BA, não foram encontrados artefatos explosivos ou armas de fogo com o rapaz. Após depoimento no Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), Frank Oliveira foi levado para exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e liberado em seguida.

Após se entregar, Frank Oliveira assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e vai responder por provocar alarme anunciando perigo existente, capaz de produzir pânico ou tumulto. Ele poderá passar de 15 dias até seis meses de prisão.

A Unijorge informou por meio de nota que Frank Oliveira da Costa cursou direito há 10 anos na instituição, entre os segundos semestres de 2000 e 2006. De acordo com a universidade, o histórico escolar de Frank é de um aluno de conduta regular, sem qualquer registro de incidente durante o período de curso.

Segundo o coronel do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Paulo Coutinho, o rapaz aparentava ter problemas mentais, já possui um processo contra a OAB e estaria frustrado pelo fato de não ter passado no exame anteriormente.
Além das balas de gengibres envoltas ao corpo, Frank Oliveira carregava duas sacolas, que ele afirmava serem de explosivos, mas não passavam de roupas do rapaz.