Valesca Popozuda descobre que tem R$ 200 mil para receber de direitos digitais

Por Blog Bruno Astuto 28/11/2015 21h09
Por Blog Bruno Astuto 28/11/2015 21h09
Valesca Popozuda descobre que tem R$ 200 mil para receber de direitos digitais
Foto: Jorge Bispo/Divulgação
Desconfiada de que sua conta bancária não estava acompanhando o sucesso na web – o hit Beijinho no Ombro, por exemplo, tem mais de 50 milhões de visualizações no YouTube, Valesca Popozuda contratou uma agência de marketing digital (Black Angency) para fazer um levantamento de quanto deixou de faturar virtualmente. Acabou descobrindo mais de R$ 200 mil retidos em distribuição digital, seja com direitos autorais ou anúncios que pipocam durante a exibição de seus vídeos. "Meus advogados já acionaram os culpados, que sem dúvida, terão que acertar com a lei me devolvendo centavo por centavo".

Qual foi sua reação quando soube que tinha R$ 200 mil retidos?

Fiquei muito triste e pensando em como infelizmente existem pessoas sem caráter e escrúpulos no mercado. Beijinho no Ombro teve mais de 50 milhões de visualizações e eu não recebi R$ 1 por isso. Meu empresário diz que existem muitos atravessadores que recebem por algo que não deveriam. O Brasil ainda está muito atrás nessa área virtual, as leis são confusas, não existe prestação de contas da receita digital. Fiquei curiosa e fui atrás. Foi um trabalho de formiguinha. Algumas pessoas acharam que seria fácil passar uma funkeira para trás. Mas eu não sou boba

Como gastaria esse dinheiro?

Investindo no meu trabalho. Como este ano o mundo tem sentido na pele os efeitos da crise, pouparia o máximo e usaria boa parte em novos projetos.

Qual seu critério para postagens nas redes sociais?

Evito fotos que mostrem demais. Tenho muitos fãs que são menores de idade, muitas crianças me seguem, meus 'popokids'. As fotos mais ousadas geram comentários maldosos, picantes, que os 'popokids' não merecem ler. Tento mostrar a Valesca que os fãs e a mídia não conhecem. Sou mãe, tia, tenho uma vida comum como a de todo mundo.

Você é famosa pelo consumismo e acabou de chegar de Nova York. Trouxe muita roupa de grife?

Não trouxe uma só bolsa ou sapato de grife. Fui às fast fashion e me esbaldei nos brechós do Soho. Foi uma viagem para desconectar e buscar informações e referências para meu próximo trabalho.

Então a crise a afetou?

Claro, tanto que apertamos o freio em tudo. De coisas do dia a dia até as que penso a longo prazo. O momento é de reinvenção.

E já encontrou os 'inescrupulosos'?

Essa história demorou um pouco. Foi um trabalho de formiguinha. Os autores das músicas e meu empresário começaram a investigar até que chegaram ao Jun Júnior (fundador da Black Agency). Ele mostrou onde poderia estar parte do dinheiro e para quem foi pago.

Qual foi sua primeira providência?

As plataformas não sabiam para quem pagar e existiam dúvidas das lojas para quem pagar. Minha advogada enviou uma notificação extrajudicial com os documentos que comprovavam para quem pagar. É importante saber para quem pagar para que outras pessoas não recebam o que é nosso.

Você é uma artista independente. Como cuida da sua carreira?

Nunca precisei de uma gravadora. Meu empresário, Leandro Pardal, criou uma estrutura de uma artista pop para mim, mas continuo funkeira. Sou uma funkeira com estrutura pop. Tenho minha equipe de assessoria, stylist, maquiador, DJ, dançarinos, coaching, coreógrafos... Então eu acabei concentrando toda minha carreira no meu escritório.