Comissão da OAB denuncia eutanásia em animais de rua, em Maceió

Por Redação com TNH1 12/10/2015 10h10
Por Redação com TNH1 12/10/2015 10h10
Comissão da OAB denuncia eutanásia em animais de rua, em Maceió
Animais foram mortos no bairro Rio Novo, em Maceió. - Foto: OAB/AL
Duas éguas que circulavam pelas ruas do bairro Rio Novo, em Maceió, foram sacrificadas neste domingo (11) e os principais suspeitos são técnicos do Centro de Zoonoses de Maceió (CCZ), que teriam ido ao local e praticado a eutanásia nos animais por não terem conseguido novos donos para eles. Sem um local adequado e sem comida, os animais já estavam em estado de desnutrição.

Segundo a presidente da comissão de Meio Ambiente e Bem Estar Animal da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), Cristiane Leite, uma verdadeira força tarefa foi montada desde que a notícia do abandono foi confirmada para que se conseguisse arrecadar alimento e remédios para os animais, além de um local adequado para eles se recuperarem.

“Quando pedimos a ajuda ao CCZ, eles nos informaram que não iriam recolher as éguas por não ter alimento em sua sede”, comentou Cristiane Leite. “Após a campanha, conseguimos todas as condições necessárias para amparar os animais por sete dias e os informamos”, acrescentou.

Ainda de acordo com Cristiane, foi feito um apelo junto ao Zoonoses, para que a vida dos cavalos fosse poupada. “Falei com a coordenadora, em seguida com o zootecnista de plantão e eles me garantiram que enviaram uma equipe até o local para verificar as condições de saúde das éguas e do potrinho, para só então decidir o que fazer e nos comunicar”, ratificou.

“Esperamos pelo contato da equipe do CCZ, como não aconteceu fomos até o local e lamentavelmente encontramos as duas éguas mortas”, relatou a presidente da comissão. “Falamos com o Batalhão Policial Ambiental, que estava no local, e eles nos confirmaram que os animais foram sacrificados pela equipe do Zoonoses”, falou.

 

Batalhão de Polícia Ambiental esteve no local (Foto: OAB/AL).

Moradores do bairro confirmaram que os agentes teriam perguntado aos populares se algum deles gostaria de cuidar dos animais. Apenas o potrinho conseguiu um novo lar. “Não conseguiram alguém para cuidar das éguas, por isso as sacrificaram”, acusou Cristiane Leite.

Nesta semana, a presidente da comissão de Meio Ambiente e Bem Estar Animal da OAB/AL pretende emitir uma nota de repúdio contra o Centro de Zoonoses, acrescentando as imagens dos animais, para comprovar que eles não precisavam de eutanásia. “O CCZ precisa parar de matar animais ao invés de cuidar deles”, protestou.

 
  O Já é Notícia também está no FacebookInstagram e no Twitter.