Agentes de disciplina da empresa Reviver que fazem a segurança do Presídio do Agreste, localizado em Girau do Ponciano, apreenderam uma carta que arquitetava o resgate de detentos da unidade prisional, na manhã desta sexta-feira (24), durante uma revista em uma das celas do presídio.

No texto, o reeducando diz que uma pessoa chamada “Carlinho” iria dar ordens a um grupo armado com fuzis para enfrentar os agentes penitenciários e promover o resgate dos dentos da cela 16.

Com medo, os denunciantes (agentes) apontam falta de estrutura para dar a devida segurança à unidade prisional. A arquitetura da possível fuga havia sido feita por um reeducando que se identifica como Gato a Jato e direcionava o texto a uma pessoa chamada Rodineli. A carta seria levada por um dos visitantes.

Confira a carta, na íntegra:
 

De acordo com os informantes, que pediram para não serem identificados, o Presídio do Agreste tinha um fuzil 762 e duas metralhadoras NTR, armas pesadas para fazer a segurança da unidade, entretanto, foram encaminhadas para a capital, em meados do mês de junho deste ano. “Estamos preocupados, porque a segurança pode estar comprometida. Há carência até de rádios de comunicação, porque alguns também foram levados para Maceió”, apontam.

Ainda segundo os denunciantes, a situação complica porque há 10 membros do PCC enclausurados no presídio. “Nós estamos assustados. Um agente que estava de plantão disse que atiraram na guarita B do presídio, ontem à noite, como se fosse um teste de poder de fogo dos agentes”, destacou um dos denunciantes.

Os agentes apontam que, até o momento, a direção do presídio não apresentou informações sobre quais medidas serão tomadas em prol da segurança da unidade. Nossa redação entrou em contato com a Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP) para obter informações acerca das armas que teriam sido encaminhadas para Maceió.

Em entrevista ao Portal Já é Notícia, o secretário de Estado Adjunto de Ressocialização, o tenente-coronel Marcos Sérgio de Freitas, garantiu que estão sendo enviados mais equipamentos de segurança para o Presídio do Agreste. Ele apontou que há divergências por parte de um grupo de profissionais com a direção da unidade prisional.

“Mais uma vez, a atuação de um grupo mentiroso, querendo derrubar a direção do Presídio do Agreste. Isso é mentira, porque nós estamos mandando mais armas”, afirmou o secretário de Estado Adjunto de Ressocialização.


* A matéria foi editada, às 15h48 do dia 24 de julho de 2015.