PC desvenda morte de homem que chamou advogado de 'porta de cadeia' em Santana do Ipanema

Por Assessoria 23/05/2015 00h12
Por Assessoria 23/05/2015 00h12
PC desvenda morte de homem que chamou advogado de 'porta de cadeia' em Santana do Ipanema
Damião da Silva Freire, o “Dão” e Francisco Carlos de Lima, conhecido por “Carlinhos Perneta” - Foto: Assessoria
O delegado Fábio Costa da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil (2ª DRP), informou nesta sexta-feira (22), que dois homens acusados de tráfico de drogas, que foram detidos ontem dia 21 por sua equipe, em Santana do Ipanema, são acusados também de um assassinato que ocorreu em Olivença, município da região do Sertão alagoano.

Os dois presos Francisco Carlos de Lima, conhecido por “Carlinhos Perneta”, e Damião da Silva Freire, o “Dão”, assumiram que executaram Aloncio Vieira, a mando do advogado José Soares.
“Investigamos e descobrimos que “Carlinhos Perneta” foi convidado pelo seu tio, o advogado José Soares para executar Aloncio, porque ele o teria chamado de “advogado porta de cadeia”, entre outras provocações”, disse o delegado.

Segundo informações policiais, “Carlinhos Perneta” e “Dão” se aproximaram de Aloncio utilizando um veículo com um adesivo improvisado do programa do governo federal “Água Para Todos”, que financia a construção de cisternas de placas de cimento, principalmente na região do Semiárido brasileiro e foram até a casa dele e o executaram.

A dupla solicitou que a vítima preenchesse um cadastro para participar do programa federal, e nesse momento “Dão” descarregou um revólver calibre 38 contra Aloncio.

As investigações da Polícia Civil revelaram ainda que um vizinho da vítima chamado José Abreu, conhecido como Nelinho, estaria mantendo um relacionamento amoroso com a viúva da vítima, e em virtude disso se associou a José Soares para contratarem “Carlinhos” e “Dão”, pagando a eles cinco mil reais em dinheiro e uma moto no valor de três mil reais.

Durante a ação policial, a arma e o veículo Fiat Uno, utilizado com um adesivo improvisado do programa do governo federal, usados no crime foram apreendidos.

“Concluímos que “Carlinhos Perneta” e “Dão”, são os autores materiais do homicídio, e o advogado José Soares o autor intelectual, que teve como intermediário do crime, José Abreu que financiou o delito”, disse o delegado regional.