Helicóptero de Arapiraca pode ser acionado pelo 190, afirma comandante da base aérea

Por Niel Antonio 19/05/2015 13h01
Por Niel Antonio 19/05/2015 13h01
Helicóptero de Arapiraca pode ser acionado pelo 190, afirma comandante da base aérea
Helicóptero durante operação em Arapiraca.
Um ano de curso básico com 100 horas-aula em uma escola especializada em aviação, mais 400 horas de prática em campo. Esse é o tempo de formação de um piloto de helicóptero da Segurança Pública do Brasil. Já para ser comandante, é necessário mais de 500 horas de instruções, dedicação e estudo. Para os pilotos de Alagoas, os cursos geralmente são realizados em São Paulo ou Minas Gerais, por não haver escolas preparatórias aqui no Nordeste.

Em Arapiraca, o helicóptero era sempre acionado durante operações importantes, mas a cidade ainda não contava com uma base fixa. Entretanto, uma medida da Secretaria de Estado da Defesa Social (SEDRES), ratificou a necessidade de uma máquina na cidade, para dar apoio aéreo durante as operações policiais realizadas na região.

Com o projeto aprovado, a cidade garantiu a presença constante de um helicóptero, desde o dia 17 de abril deste ano. A máquina tem intensificado a busca por criminosos em diversas operações realizadas pelas polícias locais, tanto em Arapiraca, como em outras cidades do Agreste e Sertão do Estado, onde a aeronave vem fazendo o patrulhamento, com cobertura aos policiais que trabalham em terra.


Apreensão de motocicletas em quintal de residência, em Arapiraca (Foto: Cortesia/PM).

Segundo o comandante Aldair Santos, coordenador da base do Grupo de Operações Aéreas - GOA em Arapiraca, a população não precisa ficar acanhada em acionar a aeronave, caso presencie algum crime na cidade. “Primeiro, precisamos desmistificar essa questão do acionamento da aeronave. É só ligar 190, que a central ou uma guarnição irá avaliar se há a necessidade do envio do helicóptero ou apenas de viaturas para o local”, declarou Aldair Santos.

De acordo com Santos, as operações no Sertão também contam com o apoio aéreo, bastando o comando entrar em contato e solicitar a presença do helicóptero, segundo a necessidade da ação. “O impacto está sendo positivo, porque mostra segurança e a presença ostensiva da polícia nessas cidades. O Estado está presente, a segurança pública está presente para tranquilizar a população e acabar com essa situação de insegurança”, afirma.

No Agreste, as operações geralmente são comandadas pelo coronel Wellington Bittencourt, do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM), e também pelo delegado Gustavo Xavier, da Delegacia Regional da cidade. Muitas das operações têm sido realizadas com a integração de várias corporações, o que garante um cerco maior e facilita todo o processo de tramitação da documentação necessária e direcionamento para a prisão dos acusados. De acordo com Santos, o custo-benefício do helicóptero não tem preço quando se trata de vidas. “Se a gente salva uma vida, da população ou do próprio policial, isso é incalculável”, ratifica.


Abordagem da PM, durante operação em Arapiraca (Foto: Cortesia/PM).

Para abastecer a aeronave não é necessário se deslocar até a capital, pois a polícia conta com abastecimento em Arapiraca, para as operações realizadas na cidade e região, assim como em outro local de abastecimento: em Paulo Afonso, na Bahia, raramente utilizado.

“Hoje o aéreo fechou todo o espaço de Alagoas, com cobertura total. São duas máquinas em Maceió, uma vez que as operações se estendem a toda zona da mata do Estado, por ser uma área maior e ter altos índices de criminalidade, e uma em Arapiraca, que abrange Agreste e Sertão”, comentou Aldair Santos.

Ainda segundo Santos, os índices de criminalidade estão diminuindo gradativamente. Enquanto no mesmo período do ano passado foram registrados, em média, onze homicídios nos vinte dias do mês de maio, o número tem reduzido para cinco.

“Hoje a gente cobre uma área de 15 viaturas. A polícia está mostrando força e o criminoso pensa duas vezes antes de cometer o crime, porque, uma vez localizado, nós não o perdemos de vista. São dois tripulantes atrás e dois pilotos na frente. Os tripulantes podem se projetar na lateral da aeronave e ter uma visão de 360°, o que dificulta e muito a fuga dos criminosos”, afirma Santos. 


Tripulante, durante operação contra o crime, em Arapiraca (Foto: Estúdio Zona Urbana).


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