Polícia identifica dono de fábrica que explodiu em Ibateguara

Por Redação com G1 26/03/2015 17h05
Por Redação com G1 26/03/2015 17h05
Polícia identifica dono de fábrica que explodiu em Ibateguara
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Moreira
A Polícia Civil de Alagoas já identificou o dono da fábrica clandestina de fogos de artifício que explodiu na quarta-feira (25), na cidade de Ibateguara, Zona da Mata do Estado. De acordo com o escrivão da delegacia, Igor Jefesson, o inquérito está quase concluído.

Segundo o escrivão, o dono da fábrica, que não teve o nome divulgado para não atrapalhar as investigações, ainda não foi intimado para depor. “A polícia trabalha com a ideia de que a explosão ocorreu por conta de uma faísca. Mas tudo será investigado e nos próximos dias divulgaremos mais detalhes”, afirma.
O escrivão disse ainda que as testemunhas ainda serão ouvidas para que o inquérito possa ser concluído. “Infelizmente uma pessoa morreu e um adolescente está em estado grave. O lugar funcionava de forma clandestina”, diz.

De acordo com o Corpo de Bombeiros (CB), a explosão ocorreu em uma casa onde funcionava uma fábrica clandestina de fogos de artifício. Parte do telhado do local caiu sobre as vítimas após o acidente.

Diógenes Jorge da Silva, 32, era um dos trabalhadores que estavam no local. Ele era casado e tinha uma filha de 4 anos. Silva chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital São Vicente de Paulo, no município de União dos Palmares.

O Exército Brasileiro, responsável por fiscalizar as fábricas de fogos de artifício, informou em nota que em todo o estado não há fábricas desse tipo com registro ativo.

O comando alertou que, se alguém estiver fabricando fogos de artifício dentro de Alagoas, estará cometendo crime previsto na Lei 10.826, conhecida como "lei de desarmamento", sob pena de quatro a oito anos de prisão e multa.

Adolescente continua em estado grave

O adolescente de 16 anos, vítima da explosão em Ibateguara continua internado em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE). De acordo com o último boletim médico, o seu quadro de saúde é crítico. Ele teve 57% do corpo queimado.

Os membros mais afetados foram a cabeça, os braços e as pernas. Ele recebeu os primeiros socorros na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, e depois foi levado por um helicóptero do Corpo de Bombeiros para ser atendido no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HGE.