MP-RJ pede suspensão de torcidas organizadas do Vasco e do Flu

Por Redação com EBC 06/03/2015 16h04
Por Redação com EBC 06/03/2015 16h04
MP-RJ pede suspensão de torcidas organizadas do Vasco e do Flu
Foto: Divulgação
A torcida organizada Young Flu, do Fluminense, pode ser suspensa, de acordo com pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) em ação civil pública (ACP) encaminhada hoje (04), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital. O MP-RJ pediu ainda o cumprimento de uma decisão liminar deferida em 17 de janeiro de 2014, que suspendeu a torcida organizada Força Jovem, do Vasco da Gama.

A movimentação do MP-RJ contra as duas torcidas decorre de atos violentos, ocorridos antes da partida entre Fluminense e Vasco, no dia 22 do mês passado, no Estádio do Engenhão, no Engenho de Dentro, zona norte do Rio.

De acordo com o texto da promotora de Justiça Glícia Pessanha, o pedido de suspensão da Young Flu proíbe o comparecimento, pelo prazo de um ano, dos seus associados ou integrantes, a locais de eventos esportivos, em todo território nacional. Também não será permitida a venda de material da torcida. Os torcedores não poderão frequentar esses locais vestindo ou utilizando elementos identificativos, indumentárias ou acessórios, desenhos ou outros signos representativos que possam identificá-los. Glícia Pessanha quer, ainda, a cobrança de multa de R$ 20 mil por integrante ou torcedor por evento, além de sua retirada compulsória do local onde ocorrer o jogo.

Para a torcida Força Jovem, do Vasco, a promotora pede nova suspensão, pagamento de multa de R$ 301 mil pelo descumprimento da decisão anterior, que já determinava suspensão. Para garantir o valor, ela pediu, liminarmente, a penhora de bens da sede da torcida. Na avaliação da promotora, as punições aplicadas até hoje, e ainda as medidas adotadas pelo MP-RJ, judiciais ou extrajudiciais, têm se mostrado ineficientes. Por isso, pediu nova suspensão e elevação da multa. “Se torna imperiosa a adoção de providências mais radicais e rigorosas, a fim de limar efetivamente práticas e comportamentos reiteradamente violentos por parte da organizada ré”, disse.

Para o MP-RJ, é evidente a afronta pelas torcidas rés às normas do Estatuto do Torcedor, quanto à prática de atos de violência e de confusão.