Atendimento de Agências bancárias de Palmeira tem péssima qualidade

Por Redação com Minuto Palmeira 08/12/2014 11h11
Por Redação com Minuto Palmeira 08/12/2014 11h11
Atendimento de Agências bancárias de Palmeira tem péssima qualidade
Foto: Divulgação
Em sessão realizada na última quarta-feira (26), a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas, o desembargador relator Fábio Bittencout, manteve a liminar, no Agravo de Instrumento interposto pelo Banco do Brasil, que determina que seis agências bancárias da cidade de Arapiraca prestem um serviço de melhor qualidade aos seus usuários.

A decisão estabelece que as agências devem dispor de sanitários, água potável e assentos em quantidade suficiente para os usuários em atendimento. A liminar inclui os bancos Santander, Itaú Unibanco, HSBC, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. A ação foi movida pela Defensoria Pública da cidade de Arapiraca com base na Lei Municipal n° 2.694/10.

Em Palmeira dos Índios a situação não é diferente. A cada dia as agências bancárias da cidade desrespeitam seus usuários, com máquinas quebradas, falta de funcionários, longas filas, falta de acomodação e, muitas vezes até calor, devido a problemas nos aparelhos de refrigeração.

Em 2008 a Câmara Municipal aprovou a Lei n. 1.772/2008, onde estabelece que nas agências de Palmeira dos Índios, os usuários tenham um tempo razoável de espera nas filas, de até 30 minutos em dias normais e, até 40 minutos em véspera ou após feriados prolongados, bem como, colocarem à disposição dos usuários pessoal suficiente no setor de caixa, com a finalidade de que os serviços sejam prestados em tempo razoável.

A lei exige ainda que as agências deverão fixar em local visível o número da lei, tempo de permanência na fila e o órgão fiscalizador com o respectivo número telefônico, que neste caso é o Procon. Nada disso acontece nas agências de Palmeira dos Índios. E o Procon local o que faz? Essa é a pergunta de muitos usuários dentro das agências bancárias da cidade.

Em janeiro deste ano, o juiz da 2ª Vara Cível Geneir Marques, acatou o pedido feito pela Defensoria Pública, através de uma Ação Civil Pública, determinando que as agências bancárias de Palmeira dos Índios adotassem providência para a melhoria dos serviços ofertados aos consumidores, dando um prazo de 15 dias, sob pena diária no valor de R$500,00.

Entre os pedidos feitos pela Defensoria Pública e que foram atendidos pelo magistrado, estão o de assegurar aos usuários o atendimento em até 30 minutos em dias normais e, em 40 minutos em vésperas ou após feriados prolongados, conforme determina a lei municipal.

O magistrado também determinou que as agências devem, diariamente, inclusive nos finais de semana, abastecer suas máquinas com dinheiro, talões de cheques, bem como com papel comprovante das transações bancárias, de maneira a evitar que fiquem indisponíveis aos usuários.

A decisão estabelece também que seja colocado à disposição dos usuários, um número de caixas destinados a atendimento prioritário aos idosos, aos portadores de deficiência física, às lactantes, às gestantes e às pessoas acompanhadas de criança de colo, além de assentos disponíveis suficiente para acomodação dos usuários.

Alguns usuários palmeirenses ainda não têm conhecimento da lei municipal que garante atendimento de qualidade nas agências bancárias do Município, e, isso se deve a sua não divulgação. Porém, as coisas começam a mudar e as pessoas conhecedoras da lei começam a reivindicar seus direitos.

No Juizado Especial Cível e Criminal de Palmeira dos Índios, já tramitam várias ações contra as agências bancárias do município, que mesmo com a decisão judicial, teimam em desrespeitara o consumidor.

Rafael Medeiros, que passou 4h20 na fila do Banco do Brasil, cujo processo já está para a sentença no Juizado Especial de Palmeira dos Índios, desabafou: “É uma vergonha o que o Banco do Brasil faz com seus usuários, não se admite que a pessoa permaneça 4 horas e 20 minutos em um fila, passando sede, fome e perdendo tempo. Espero que a decisão do juiz seja severa, que pese no caixa do banco, porque só assim, perdendo dinheiro, é que passarão a dar um atendimento de mais qualidade e dignidade ao povo que precisa dos serviços bancários”, finalizou indignado.

A advogada Ana Adelaide França, que também ajuizou o Banco do Brasil, desabafou: “É uma vergonha o que o Banco do Brasil vem fazendo com nós que necessitamos dos seus serviços. Fiquei seis horas e meia esperando para ser atendida. Infelizmente tive que ficar esperando pois o pagamento só podia ser realizado diretamente no caixa. Enquanto isso vi pessoas em pé, pessoas sentadas no chão, passando fome, sede e constrangimento. As pessoas devem reagir, buscar seus direitos, só assim serão respeitadas por aqueles que só visam lucros. Espero que a justiça faça alguma coisa, pois, fiscalização nós não temos. Às vezes eu me pergunto: será que alguém do Procon se utiliza das agências bancárias de Palmeira dos Índios?” finalizou a advogada.


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