Admiradoras pedem para conhecer suposto serial killer de Goiás

Por Redação com R7 25/11/2014 15h03
Por Redação com R7 25/11/2014 15h03
Admiradoras pedem para conhecer suposto serial killer de Goiás
Rocha foi preso dentro de casa, na periferia de Goiânia, na noite de 14 de outubro deste ano - Foto: Divulgação
Histórias de mulheres que se apaixonam por assassinos em série são bem mais comuns do que a razão é capaz de explicar. No caso do vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, suspeito de matar 39 pessoas em Goiânia, um detalhe potencializa esse tipo de atração: a beleza física. Alto, forte, com traços bem desenhados, Rocha chamou a atenção de jovens, que se mostraram interessadas em tentar uma aproximação, em saber mais sobre ele.

Uma das advogadas do vigilante, Brunna Moreno de Miranda, revelou que ela e as colegas que atuam no caso recebem e-mails e mensagens no celular de mulheres perguntando como podem fazer para conhecer o suspeito. De acordo com Brunna, ao grupo são enviadas também mensagens de jovens que chegaram a conviver com Rocha.

— São e-mails, mensagens de celular de mulheres ou que o conhecem de algum lugar e que querem que a gente fale delas para ele ou algumas perguntando como podem fazer para conhecê-lo. Tem muita coisa. Mulheres que querem fazer doação, querendo dar as coisas, enviar para o presídio.

A advogada contou que tomou conhecimento, por meio de policiais, de que há aquelas que vão até o presídio e perguntam como devem proceder para ver Rocha. Ela acrescentou que, nas mensagens, a abordagem segue, em geral, uma mesma linha: jovens alegando que viram o caso, acharam o vigilante interessante e que pretendem conhecê-lo pessoalmente.

— Na verdade, desde a delegacia [quando o suspeito ainda não havia sido transferido para o complexo prisional] era assim. Elas ligavam para a delegacia [para perguntar sobre Rocha].

Brunna relatou que, vez ou outra, comenta com o cliente sobre as “pretendentes”.

— Eu falo para ele: “Olha o problema que você me arruma". Aí, ele ri, porque as mulheres ficam mesmo atrás.

Muita leitura

Preso desde outubro deste ano, Rocha permanece isolado no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia. Até mesmo o banho de sol acontece sem a presença dos demais detentos.

No dia em que foi apresentado oficialmente, o vigilante tentou cortar os pulsos dentro da cela com o vidro de uma lâmpada. Calado e calmo, o suspeito não se mostra inconformado com a atual situação e, aos poucos, “está aprendendo a conviver como um preso”, conforme Brunna.

— A primeira semana foi complicada. Agora, está tranquilo. Ele já caiu em si. Ele sempre foi calmo. No começo, foi mais medo.

Sem ter o que fazer, Rocha lê. E muito, segundo a advogada. O vigilante consome desde revista de fofoca a de notícias. Gosta também de livros, especialmente, dos gêneros aventura e romance. Todo material é fornecido pela biblioteca da unidade prisional.

— A única coisa que ele tem para fazer é ler. Então, lê tudo que der para ele.

A rotina só é quebrada quando fala com as três advogadas no parlatório ou recebe a visita da mãe. Já chegou também a ser visitado pelo irmão, conforme a advogada. A periodicidade destes encontros não é definida.

— Não é fixo. A gente liga em uma semana, se der para marcar de a mãe ir, ela vai.

Não é de pedir muita coisa para a mãe, apenas alimentos. Gosta de suco, biscoito recheado e, recentemente, quis pimenta.

— Ele pede alimentos, mas como está isolado, também não os recebe.



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