'Nascente do São Francisco está secando', afirma chefe de parque de MG
O prolongado período de estiagem está colocando em risco a nascente do Rio São Francisco, em Minas Gerais. O alerta foi feito nesta terça-feira pelo chefe do Parque Nacional da Serra da Canastra, Luiz Arthur Castanheira. Segundo ele, a nascente do rio, situada em São Roque de Minas, dentro da área de preservação na Região Centro-Oeste de Minas, está secando. A vazão de água diminuiu significativamente nos últimos dias. Para Castanheira, a situação é a pior dos últimos 30 anos. “A seca está brava demais. O que houve aqui é que os pequenos tributários (afluentes) que existem na cabeceira maior do São Francisco, na nascente, secaram nos últimos dias. Apenas uns dois continuam com água, mas com uma vazão bem pequena”, explicou.
Segundo Castanheira, não há medidas paliativas para aliviar a situação e o jeito é torcer para que a chuva chegue. “A água este ano realmente está difícil. É uma coisa do ciclo natural, só que este ano a seca veio mais grave. Não tem como bombear a água para lá, é rezar para chover. Está sendo a pior seca de muitos anos", afirma Castanheira.
Devido à seca, o parque vem sofrendo com incêndios que também atingiram as nascentes. “Tivemos de 20 de agosto até hoje (quarta-feira) oito incêndios. O pior é que a maioria é criminoso e ainda em uma época mais inapropriada de se fazer queimadas. A vegetação em volta das nascente foi atingida, o que não acontecia há quatro anos”, explicou.
A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é uma das mais importantes do país. Ela abrange 639.219 quilômetros quadrados de área de drenagem. Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) a vazão média é de 2.850 metros cúbicos por segundo, o que equivale a 2% do total do país. O rio tem extensão de 2,7 mil quilômetros. Ele nasce na Serra da Canastra, escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para este, chegando ao Oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe.
Desde junho
Os altos investimentos para tentar conter as águas dos rios não foram suficientes para evitar a situação da seca. De acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, desde o ano passado foram gastos aproximadamente R$ 30 milhões em Minas Gerais para a construção de barraginhas, cercamento de nascentes, entre outras medidas. Porém, com o período de estiagem, a as obras não foram suficientes.
Há três meses, a situação se agravou. “A situação veio à tona a partir do mês de junho. A gente tinha uma tendência de um alto índice pluviométrico em 2014 e isso não aconteceu. Isso fez com que a vazão de rios diminuísse. Começamos a ver a situação de não afluentes e baixa afluência e qualidade das águas abaixo das barragens. Até então, estávamos pensando que a parte crítica do Rio São Francisco estava no alagoas, mas daí, percebemos que aqui do alto, em Minas Gerais, que é responsável por 72% das águas do rio, também estava secando”, diz Sílvia Freedman Ruas Durães, secretária nacional do CBHSF.
Segundo Castanheira, não há medidas paliativas para aliviar a situação e o jeito é torcer para que a chuva chegue. “A água este ano realmente está difícil. É uma coisa do ciclo natural, só que este ano a seca veio mais grave. Não tem como bombear a água para lá, é rezar para chover. Está sendo a pior seca de muitos anos", afirma Castanheira.
Devido à seca, o parque vem sofrendo com incêndios que também atingiram as nascentes. “Tivemos de 20 de agosto até hoje (quarta-feira) oito incêndios. O pior é que a maioria é criminoso e ainda em uma época mais inapropriada de se fazer queimadas. A vegetação em volta das nascente foi atingida, o que não acontecia há quatro anos”, explicou.
A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é uma das mais importantes do país. Ela abrange 639.219 quilômetros quadrados de área de drenagem. Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) a vazão média é de 2.850 metros cúbicos por segundo, o que equivale a 2% do total do país. O rio tem extensão de 2,7 mil quilômetros. Ele nasce na Serra da Canastra, escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para este, chegando ao Oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe.
Desde junho
Os altos investimentos para tentar conter as águas dos rios não foram suficientes para evitar a situação da seca. De acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, desde o ano passado foram gastos aproximadamente R$ 30 milhões em Minas Gerais para a construção de barraginhas, cercamento de nascentes, entre outras medidas. Porém, com o período de estiagem, a as obras não foram suficientes.
Há três meses, a situação se agravou. “A situação veio à tona a partir do mês de junho. A gente tinha uma tendência de um alto índice pluviométrico em 2014 e isso não aconteceu. Isso fez com que a vazão de rios diminuísse. Começamos a ver a situação de não afluentes e baixa afluência e qualidade das águas abaixo das barragens. Até então, estávamos pensando que a parte crítica do Rio São Francisco estava no alagoas, mas daí, percebemos que aqui do alto, em Minas Gerais, que é responsável por 72% das águas do rio, também estava secando”, diz Sílvia Freedman Ruas Durães, secretária nacional do CBHSF.
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