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Teoria Pixar

06/06/2016 16h04
06/06/2016 16h04
Teoria Pixar
     Ok, pessoas. Estou de volta. Passei um tempo meio afastado daqui (e vou continuar assim), mas agora eu voltei e hoje vamos falar novamente sobre teorias. Dessa vez é sobre a Teoria Pixar.

     Você gosta dos filmes da Pixar? Se sim, já deve ter percebido que os filmes de lá são repletos de mensagens escondidas com elementos de outras produções do estúdio. Até ai tá tranquilo (tá favorável), entretanto, tem um tal jornalista de nome Jon Negroni que (deve ser um fã danado) elaborou uma teoria tentando provar que todas as animações da Pixar se passam no mesmo universo, seguindo uma certa linda do tempo. Ó que loco.


     Ele meio que tentar demonstrar uma dialética dos filmes da Pixar através de um conflito entre humanos, animais, máquinas e objetos autoconscientes.

     Então, vamos lá. Vamos começar essa análise através do filme Valente, você lembra dele? Valente se passa na Escócia medieval. Nesse filme, a princesa Merida conhece uma misteriosa bruxa capaz de manipular um certo tipo de energia que dá vida a objetos inanimados e faz animais agirem como humaninhos (nem sempre legais). Teoricamente, esses experimentos da Bruxa explicariam, posteriormente, a vida dos brinquedos de Toy Story e dos veículos de Carros, bem como a inteligência dos bichinhos de Procurando Nemo, Ratatouille, Vida de Inseto e Up – Altas Aventuras (ou seja, tudo. Esse poderzinho da Bruxa já explica tudo.. fica fácil assim).

     Em Up – Altas Aventuras, o vilão Charles Muntz, parece ter conhecimento acerca dessa inteligência animal e, daí, desenvolve umas coleiras especiais para poder se comunicar com os cães.

     Com esse novo canal de comunicação, os humanos passam a desenvolver tecnologias cada vez mais complexas. Nisso, uma grande corporação chamada Buy-n-Large (BNL), é criada, iniciando uma nova revolução industrial, que gera uma Era de Poluição sem precedentes no Planeta Terra. A partir daí, o conflito entre humanos, máquinas e animais se acirra cada vez mais, causando a morte de vários super-heróis em Os Incríveis e o futuro desolado e pós-apocalíptico de Wall-E.



     Quando os animais se revoltam contra humanos para impedir a poluição da Terra, quem vai salvar os homens? As máquinas. Sabemos que as máquinas vencerão essa guerra: quando ela chega ao fim, não há mais animais na Terra. Quem sobra?”, indaga Negroni.

     A Terra se tornando inabitável, só resta os automóveis inteligentes de Carros. Os humanos que sobreviveram ao clima de desolação passam a viver em Axiom, aquela gigantesca nave espacial vista em Wall-E. Os humanos se tornam dependentes das máquinas em Axiom, governada pelo Piloto Automático, quase uma personificação daquela força estranha que a Bruxa consegue controlar lá em Valente.

     Depois que Wall-E liberta os seres humaninhos lá da Axiom, a Terra entra em uma nova fase. O momento seguinte nessa linha temporal traz o filme Vida de Inseto (muito bom, por sinal). “Sabemos que alguns insetos sobreviveram pela existência da barata [que é amiga do robô Wall-E], eles teriam se multiplicado mais rápido que os outros seres, apenas do filme ser distante o suficiente na timeline para os pássaros também terem retornado. Mas tem mais. Vida de Inseto destoa bastante quando comparadas as várias retratações de animais. Ao contrário de Ratatouille, Up e Procurando Nemo, os insetos têm muitas atividades humanas, algo que os ratos de Ratatouille estão apenas experimentando. Os insetos têm cidades, cafés, sabem o que é um bloody mary e até possuem um circo intinerante. Daí presumimos que o filme é ambientado em um período diferente”, afirma Negroni.

     Passado isso, humanos, máquinas e animais voltam a viver em paz. Esse ambiente de tranquilidade propicia o surgimento de uma nova raça, que acaba assumindo o lugar dos humanos, como podemos ver em Monstros S. A. “É possível que os monstros sejam apenas animais evoluídos modificados por causa da radiação da Terra’ ou ‘um cruzamento entre animais e humanos para que eles sobrevivessem”. Sinistro, einh? Mas é, dentro desse mundo louco ai, plausível. A radiação deixada pela poluição da Terra em Wall-E pode ter modificado alguns animais que, com o tempo, acabaram se tornando os monstros do filme.

     Monstros S. A. mostra uma crise energética lá no mundo dos monstros, que se abastecem dos sustos humanos (sacanagem). Todos já perceberam que os bichinos de lá utilizam as portas para viajar para o mundo dos humanos. Negroni levanta outra hipótese: viagem no tempo. “Os monstros estão viajando para o passado. Eles estão armazenando energia para evitar a própria extinção indo quando a humanidade era mais proeminente. No limiar da civilização, se você preferir. Apesar de muito tempo ter passado, os monstros/animais nunca perderam suas animosidades em relação aos humanos. A crença de que qualquer toque em um humano poderia destruir o mundo deles vem de instintos passados. Por isso eles assustam humanos para armazenar energia até descobrirem que risos (energia verde) é mais eficiente por ser naturalmente positiva.

     Por fim, temos mais um ponto para poder fechar essa Teoria. E esse ponto é bem fofinho: a menina Boo, de Monstros S. A.. Segundo a tese de Negroni, a menina “viu tudo acontecer em um futuro distante da Terra no qual o ‘gatinho’ era capaz de falar. Ela ficou obcecada em descobrir o que aconteceria com seu amigo Sully e o motivo de animais não serem tão espertos quanto aqueles que ela conheceu no futuro do outro lado da porta”. Assim, ela descobre como voltar no tempo e viaja até os tempos de Valente. Então, já sabe quem é a Boo? Sim, ela é a Bruxa de Valente. E é ali onde começou tudo. Como Bruxa, ela desenvolve essa mágica como um meio de tentar encontrar o Sully, sempre indo e vindo no tempo.


     Negrini conclui assim: “No final das contas, o amor dela pelo Sully é o cerne do universo Pixar. O amor de pessoas diferentes, de idades diferentes e até de espéciais diferentes tentando encontrar formas de viver na Terra sem destruí-la somente por luxos energéticos.”

     Ok, agora vamos mostrar algumas coisinhas que talvez tenham passado despercebidas no filme Valente.



     Ohhh!
 Um carro! Então isso embasa a tese de que a mocinha ai realmente viaja no tempo, não? Mas ok.. Ela pode ser só uma videntezinha danada de boa, então olhe bem para essa outra imagem..



     Vocês reconhecem esse ser? Hahahaha!
 Sim, pessoas, esse é o Sully, o gatinho da Boo. 

Acho que é isso. Gostaram? Esse foi só o começo sobre essas teorias malucas envolvendo grandes produtoras de filmes. Pretendo trazer (assim que der) uma teoria sobre os filmes da Disney que, do meu ponto de vista, é um pouco mais coerente e interessante que essa que acabei de lhes mostrar. Até mais, pessoal!