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A Maravilhosa Graça de Deus!

29/04/2015 13h01
29/04/2015 13h01
A Maravilhosa Graça de Deus!
Sérgio Nicácio Lira
Olá, amigos! Graça, paz e bem da parte de Jesus de Nazaré.

É com enorme prazer que começamos o nosso quarto encontro do ano. Mais uma vez, agradeço a Deus por tudo que ele me concedeu e pelos irmãos em Cristo que nos acompanham neste blog.

Nesse encontro, vamos falar sobre A Maravilhosa Graça de Deus. Como ponto de partida para nossa reflexão, usaremos um trecho das escrituras que se encontra no evangelho segundo São Lucas, capítulo 18, versículos de 9 a 14

"E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, para orar; um fariseu, e o outro publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado".

Jesus, nessa parábola nos apresenta dois tipos de pessoas, com formas distintas de se relacionar com Deus. O primeiro tipo de pessoa é o fariseu (na nossa época seria o religioso). É aquele tipo de pessoa que acha que não é pecadora, que se acha justa, que confia nos seus méritos, enfim, é o tipo de pessoa que se acha merecedora do favor de Deus. Por isso, sua oração mais parece um autoelogio do que uma súplica.

O segundo tipo de pessoa é o pecador confesso. É aquele que tem consciência de que não possui qualquer mérito e que depende totalmente da misericórdia e da graça de Deus, pois o que o justifica perante Deus não é o que ele faz ou que deixa de fazer, mas o sangue de Jesus derramado na cruz do calvário.

O que eu acho fantástico nessa parábola é que no final, o Senhor Jesus nos diz que o publicano (pecador confesso) foi quem saiu justificado. Já o fariseu (religioso) não alcançou a misericórdia de Deus, pois em vez de pedir perdão pelos seus pecados, preferiu exaltar seus próprios méritos.
Com isso, aprendemos que Deus se relaciona conosco através de sua infinita Graça, e não através de nossos méritos pessoais. Não há nada que possamos fazer para ele nos amar mais, ou nos amar menos. Deus nos ama incondicionalmente, é dizer, independente de mim e de você. Deus pai de Jesus é o único Deus que ama os pecadores. Os outros "deuses", os falsos, só amam aqueles que possuem virtudes, méritos.

O problema é que nós, no nosso íntimo, às vezes, agimos como os fariseus, pois achamos que somos merecedores de alguma coisa, e o pior é que nossas igrejas nos ensinam isso. Somos doutrinados da seguinte forma: se formos bonzinhos, se dermos o dízimo, se freqüentarmos a igreja aos domingos, se jejuarmos, se fizermos promessas e penitências Deus vai nos abençoar. Do contrário, a maldição de Deus vai nos alcançar. Deus vai mandar os gafanhotos, vai mandar doenças, não vamos para o céu, não vamos conseguir aquele emprego, não vamos conseguir um bom casamento etc.

Só que esse tipo de relacionamento em que os nossos méritos determinam a forma como Deus se relacionar conosco tem haver com a época da Lei, Velho Testamento. Naquele tempo, há mais de dois mil anos, se o povo conseguisse cumprir os mandamentos de Deus, seria abençoado, caso contrário, seria amaldiçoado (Leia Deuteronômio, cap. 7).

O grande problema da Lei foi que ninguém conseguiu cumpri-la, por isso que Jesus teve que deixar a sua glória junto ao pai para vir a esse mundo cumprir toda a justiça de Deus. A partir daí, um novo e vivo caminho se abriu para todos nós.

Não tínhamos esperança, estávamos todos condenados a morte eterna, mas com o sacrifício de Cristo nos foi dada a oportunidade de nos reconciliarmos com Deus, não mais pela Lei, mas pela Graça.Não precisamos mais seguir a Lei, pois agora temos a Graça de Deus em nosso favor, pelos méritos de Jesus, o Cristo.

Temos que seguir agora o Cordeiro de Deus, pois as coisas velhas se passaram e tudo se fez novo (2Cor 5:17). A finalidade da Lei já foi cumprida, ela teve a função de servir como aio para nos conduzir a Cristo (Gl 3:24). A partir de Jesus, Deus se relaciona conosco, não mais pelos nossos méritos, mas pela sua infinita Graça, é essa a boa nova do evangelho.

Graça é o favor imerecido de Deus para conosco. Graça é o amor incondicional de Deus que nos perdoa independentemente de nós, do que fazemos e do que somos. Graça é quando Jesus olhou para a mulher adultera e disse, eu não te condeno, vai teus pecados estão perdoados. Graça é quando Jesus olhou para o leproso e disse: eu quero, seja curado. Graça é Deus ter dado o seu filho unigênito por amor de mim e de você. Graça é saber que Deus estará sempre de braços abertos para nos perdoar. Graça é sabermos que a misericórdia de Deus se renova a cada manhã (Lm 3: 22-23).
Jesus foi quem mais ensinou sobre a Graça de Deus. Na parábola do filho prodigo ele nos ensinou que por mais que o filho (eu e você) peque, o pai (Deus) estará sempre nos esperando de braços abertos para nos perdoar e nos receber de volta. No julgamento da mulher adultera ele nos ensinou que todos somos pecadores e que ele não nos condena por isso, pois quem não tiver pecado atire a primeira pedra. Por fim, na parábola do publicano e do fariseu ele nos ensinou que Deus espera que tenhamos um coração sincero e quebrantado perante ele.

Portanto, não importa que pecado cometemos, Deus, nosso Aba, é infinitamente misericordiosos para nos perdoar sempre que confessarmos a ele. (Is 55:7). Inclusive, se cometermos o mesmo pecado várias vezes, pois Jesus nos ensinou que nós devemos perdoar nosso irmão setenta vezes sete (Mt 18-21-22). Se nós, que somos maus, devemos perdoar sempre, quem dirá Deus, que é amor.

Nesse momento, você deve está pensando: se Deus vai me perdoar sempre, então quer dizer que posso continuar pecando? "De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida". (Rm 6:2-4). Essa foi a resposta do irmão Paulo aos irmãos da igreja em Roma. É a minha também.

O fato é que, depois de Jesus, não vivemos sobre o julgo da Lei, mas sim sobre o julgo de Jesus que é suave. ( Mt 11:28-30). Não precisamos mais seguir os costumes da Lei, como guardar os sábados, oferecer sacrifícios de animais, usar determinados tipos de vestes, ter o dia certo de ir ao templo e todas as outras tradições da Lei, pois não devemos colocar vinho novo em odres velhos. (Mt 9:17). Aliás, o apóstolo Pedro queria seguir a Lei, mas Paulo o repreendeu dizendo que o que vale é a Graça. (Gl 2: 11-21).

Na verdade, ao seguirmos a Graça, obedecemos muito mais a Deus do que se seguirmos a Lei, pois não obedecemos por imposição, mas por amor. Além do que, a Graça vai além da Lei. Na Lei, Deus nos manda dar dez por cento, na Graça, Jesus nos manda doar cem por cento. Na Lei, cultuava-se Deus aos sábados, na Graça Jesus nos manda cultuar Deus todos os dias. Na Lei existia um templo físico em que Deus habitava, na Graça, nós é quem somos o templo de Deus.

Portanto, a Graça é muito maior que a Lei, pois na Lei abundou o pecado, mas, onde o pecado abundou, superabundou a Graça (Rm 5:20).
Aí, eu te pergunto: você quer viver de acordo com a Lei e ser tratado pelos seus méritos, rejeitando todo o sacrifício vivo de Cristo, ou você prefere viver de acordo com a Graça de Deus?

Antes de você responder, quero apenas lembrar uma coisa: ninguém conseguiu cumprir a Lei, inclusive os heróis da fé ( Abraão, Noé, Enoc, Sara, dentre outros) só conseguiram a salvação por causa da Graça de Deus. (Hb 11).

Um grande abraço. Não deixe de fazer seu comentário, coloque seu nome e dê sua opinião sobre o texto. Que a maravilhosa e infinita Graça de Deus seja sempre conosco. Amém!
Conhecerás a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:32)